Apostas esportivas: Brasil poderá ser um mercado com muitas oportunidades

23 mai 2018 - 10h35

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Seguindo os passos de muitos países da Europa, o segmento de apostas esportivas no Brasil vem se desenvolvendo de maneira cada vez mais intensa. São milhões de brasileiros apostando em suas modalidades esportivas prediletas através de operadores estrangeiros de apostas.

A grande movimentação financeira que hoje resulta das apostas esportivas feitas por brasileiros tem chamado a atenção de investidores e de autoridades, especialmente, porque as apostas esportivas podem ser uma extraordinária oportunidade de negócios e gerador de empregos no Brasil. Isso sem falar das centenas de milhões em arrecadação de impostos que o país deixa de recolher nas apostas que são realizadas através de operadoras estrangeiras.

De olho nas oportunidades

Empreendedores, jornalistas esportivos, especialistas de marketing esportivo e juristas especializados em atividades desportivas se reuniram para explorar os temas em torno do mercado brasileiro e as oportunidades que podem ser geradas a partir da regulamentação das apostas esportivas.

Entre os articulistas, Gustavo Schioppa, do Grupo Tower, iniciou os debates apresentando os aspectos que envolvem a migração da condição atual do Brasil. Durante sua exposição, Schioppa afirmou que boa parte do mercado latino americano ainda não é totalmente regulada. Por isso, faz-se necessário que empreendedores e legisladores procurem o equilíbrio entre os interesses comerciais e civis, justificando a elaboração de uma regulamentação adequada para todos, visando a, especialmente, aproveitar o iminente potencial deste mercado.

Para fundamentar seus argumentos, Schioppa demonstrou o funcionamento e a estrutura de empresas que operam jogos online, na medida em que explicou como estas empresas são capazes de identificar o perfil do público: de jogadores de bingos a apostadores em esportes diversos. Além disso, concluiu que o mercado pode chegar, atualmente, a 7% dos da população com mais de 23 anos, e que 60% das apostas são realizadas pelo celular.

Outro preletor, Santiago Castianera, traçou o panorama atual do mercado de apostas esportivas em diversos países, como Reino Unido, Estados Unidos, Chipre, Uruguai, Paraguai. As informações principais visaram a esclarecer que a maioria destes países tem regulamentação legal há algum tempo, mas que ainda há aspectos desta regulamentação que precisam ser aperfeiçoados. Nos Estados Unidos, por exemplo, a legislação não atinge todos os Estados americanos.

Outro elemento relevante de sua apresentação foi a distinção entre a interação de jogo multicanal e a de canal único. Justificou, ao seu expediente, que a modalidade canal único é mais aconselhável, uma vez que, ao utilizar uma única plataforma, torna-se mais fácil regulamentar as atividades de jogadores e o pagamento de prêmios, permitindo uma fiscalização mais eficiente da operação.

Por fim, Lorenzo Caci, da Sportradar, falou sobre a importância de se promover a proteção da integridade das atividades esportivas, e como seria importante haver uma cooperação entre agências reguladoras e operadores de apostas, visando a aproveitar a grande oportunidade de mercado, tendo em vista que o povo brasileiro é apaixonado por esportes e já está mais que demonstrado que gostam de apostas em suas modalidades favoritas.

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