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DINO

5 dúvidas sobre a relação entre Distúrbios ovulatórios e Fertilidade Feminina

Dra Maria do Carmo Borges, especialista em Reprodução Humana da Fertipraxis esclarece as principais questões levantadas pelas pacientes

19 jul 2019 - 20h02
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Dra Maria do Carmo Borges, especialista em Reprodução Humana da Fertipraxis esclarece as principais questões levantadas pelas pacientes

Foto: DINO / DINO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os distúrbios ovulatórios estão entre as causas mais comuns da infertilidade da mulher. Algumas pacientes podem apresentar dificuldade em ovular regularmente, tornando assim um fator decisivo para impedir uma chance de fecundação como a de outros casais na mesma faixa etária. Quando há uma quantidade reduzida de folículos, isso leva problemas na maturação das células produzidas nos ovários, podendo assim causar uma baixa frequência de ovulação, ou às vezes, sua ausência completa.

A Dra Maria do Carmo responde algumas dúvidas sobre distúrbios ovulatórios e fertilidade feminina.

1- O que são distúrbios ovulatórios?

A ovulação é o evento da fisiologia ovariana que resulta da seleção de um folículo ovariano que se destaca dos demais a cada mês e prepara o amadurecimento de um óvulo. O momento da liberação deste óvulo maduro, pronto para ser buscado pelo espermatozoide é exatamente a ovulação. Na mulher a natureza programa um folículo dominante com potencialmente um óvulo em cada, e se assim ocorrer a gravidez, preferencialmente de um bebê por vez. Distúrbios ovulatórios são , portanto, toda e qualquer anormalidade nesta sequência. Podemos ter desde a não seleção de um folículo que "domina" os demais e cresce sozinho para chegar ao momento da liberação do óvulo, podemos ter atrasos nesta liberação, mudando o momento biológico e assim determinando que o óvulo chegue ao contato do espermatozoide já não adequado para ser fertilizado ou mesmo a não-liberação do óvulo. Todas estas etapas podem ser acompanhadas por alterações como a mulher não perceber aquela secreção clara e que forma como um fio na época da ovulação ( o muco cervical), o intervalo das menstruações mudar, podendo os ciclos ficarem mais curtos ou mais alongados, com fluxo menstrual que também pode mudar em quantidade e sintomas.

É importante também ressaltar que estes distúrbios são comuns nos 2 primeiros anos após a primeira menstruação de uma menina , fazendo parte natural do amadurecimento hormonal de seu organismo, e vão novamente ser frequentes nos anos próximos à última menstruação, que é a menopausa. Claro que para a conduta médica difere na abordagem de uma adolescente jovem e da mulher que deseja gestar.

2- O que é a reserva ovariana e porque ela é importante para a fertilidade feminina?

A reserva ovariana é a quantidade de óvulos que uma mulher tem em um dado momento da vida. Diferente do homem, que renova a sua espermatogêneses a cada 90 dias, a mulher tem este número em torno de 1 a 2 milhões ao nascimento e eles vão diminuindo ao longo da vida. Na época da puberdade eles são em torno de 300 mil e destes, em torno de 300 chegarão espontaneamente à ovulação ao longo dos anos reprodutivos. A partir de 35 anos esta aceleração das perdas se acentua a cada mês e a avaliação desta reserva ajuda a definir as estratégias de um tratamento para engravidar, para não se perder a oportunidade do melhor tempo biológico.Quanto maior a idade da mulher, maior a chance dos óvulos( que tem a sua idade), contribuírem para alterações da formação dos embriões, que podem diminuir a chance de levar adiante uma gravidez ou de ter um bebê saudável. Hoje ela é quantificada pela dosagem no sangue do Hormônio anti-mulleriano ( que representa a reserva porque está presente nas células que revestem os óvulos), assim como na contagem dos pequenos folículos chamados antrais, numa ultrassonografia realizada entre o segundo e o quinto dia a contar do início da menstruação.

3- Quando é necessária a indução da ovulação?

A indução da ovulação se faz quando a cada mês este fenômeno fisiológico da seleção de um folículo antral para crescer e se tornar dominante e ovular não ocorre. Assim, ao mesmo tempo que se marca a ovulação, se programa com o casal os melhores momentos para se ter alguma relação. É a chamada "relação programada" ou "relação em casa". Pode também definir o melhor momento para uma inseminação intrauterina e faz parte de todos os preparos para uma fertilização in vitro. Neste último caso a estratégia busca se obter vários folículos dominantes, para se ter vários óvulos maduros pré-ovulação. A partir da aspiração dos óvulos se vai buscar a formação de embriões , mas na hora de colocar de volta os controles se fazem novamente para não ocorrerem gestações ,múltiplas.

4- Qual a importância da Ultrassonografia para identificar os distúrbios ovulatórios?

A ultrassonografia é a imagem dos ovários diretamente e em tempo real.Pode nos permitir determinar a reserva ovariana, pela contagem dos folículos antrais, permite acompanhar o crescimento do folículo dominantes determinar se a ovulação ocorreu, se se formou um corpo lúteo , que é a estrutura que se segue no folículo após a liberação do óvulo, que produz progesterona e ajuda o útero a acolher um embrião se houver a gravidez.

5- O que é fundamental para ter mais chances de sucesso no processo?

No caso dos distúrbios ovulatórios, a definição exata do problema, além da orientação e adequação do estilo de vida, ingesta nutricional, cuidados com hábitos como fumo, álcool e drogas.

Website: http://www.fertipraxis.com.br/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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