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Delator do PCC não quis entrar em programa de proteção para manter estilo de vida, diz promotor

11 nov 2024 - 13h20
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O cenário do crime organizado no Brasil continua a mostrar sua capacidade de desafiar as autoridades e afetar a sociedade de maneiras profundas. Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos,  preferiu não participar do programa de proteção oferecido pelo Ministério Público.

Delator do PCC não quis participar de programa de proteção do Ministério Público para não abrir mão do seu estilo de vida
Delator do PCC não quis participar de programa de proteção do Ministério Público para não abrir mão do seu estilo de vida
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A confirmação é do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que atua no Ministério Público de São Paulo. Em entrevista à GloboNews, informou que Gritzbach afirmava que podia bancar a própria segurança e não queria abrir mão do seu estilo de vida. A entrada no programa significaria mudar de casa e se afastar de família e amigos.

"O Ministério Público ofereceu a todo momento a inserção do Vinicius no programa de proteção de réu colaborador. Ele, na presença de seus advogados, se negou a ingressar nesse programa. Embora soubesse que corria risco, dizia que podia custear a própria segurança", explicou Gakiya. O empresário havia fechado um acordo de delação premiada em março deste ano.

Gritzbach era acusado de envolvimento em homicídios e processos de lavagem de dinheiro. Ele lavava dinheiro para o crime organizado através de métodos como a venda de imóveis e transações com criptomoedas. O promotor o descreve como um "arquivo vivo muito perigoso".

Como o assassinato de Gritzbach reflete no crime organizado?

Gritzbach foi executado na tarde de sexta-feira (9) no aeroporto em Guarulhos, um dos mais movimentados do país, após desembarcar de Maceió. Sua bagagem continha mais de R$1 milhão em joias e objetos de valor. De acordo com fontes da polícia, o intuito da viagem era cobrar uma dívida.

Para Gakiya, o assassinato do delator em plena luz do dia foi um recado proposital. "Podiam ter atingido o Vinícius em outro local, mas quiseram deixar bem claro que quem se envolve com o crime organizado e, principalmente com o dinheiro do crime, pode estar sujeito a esse tipo de execução à luz do dia. É uma audácia muito grande. É um ponto de inflexão, sim. É preciso que as autoridades percebam que estamos entrando em outro estágio de crime organizado no país", disse.

Perfil Brasil
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