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Dados comerciais da China em janeiro superam expectativas, mas sustentabilidade é dúvida

14 fev 2019 - 07h32
(atualizado às 10h12)
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As exportações da China voltaram a crescer inesperadamente em janeiro após recuo no mês anterior enquanto as importações caíram muito menos do que o esperado, mas analistas disseram que a força deve-se provavelmente a fatores sazonais e preveem nova fraqueza à frente.

Carga para exportação é içada para navio em porto de Lianyungang, na província de Jiangsu, na China
13/02/2019 REUTERS/Stringer
Carga para exportação é içada para navio em porto de Lianyungang, na província de Jiangsu, na China 13/02/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

As exportações em janeiro avançaram 9,1 por cento em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega, contra expectativas de economistas de queda de 3,2 por cento e após contração em dezembro de 4,4 por cento.

As importações caíram 1,5 por cento, em um resultado melhor do que as estimativas de recuo de 10 por cento e ante perda de 7,6 por cento em dezembro.

Isso deixou o país com um superávit comercial de 39,16 bilhões de dólares no mês.

Embora as leituras pareçam positivas à primeira vista, analistas alertaram que dados da China no começo do ano têm que ser tratados com cautela devido a distorções provocadas pelo feriado do Ano Novo Lunar, que começou em 4 de fevereiro deste ano.

Muitas empresas apressam carregamentos ou reabastecem seus estoques de matérias-primas antes do feriado.

"Claramente, os números surpreenderam o mercado. Mas dada a desaceleração (de leituras industriais) globais e dados comerciais fracos da Coreia, pode ser prematuro concluir que as perspectivas de comércio melhoraram com base somente no número de janeiro", disse Tommy Xie, economista do OCBC Bank.

O comércio também tem fraquejado globalmente em meio ao crescente protecionismo e perda de força em algumas importantes economias, mais destacadamente na Europa.

O crescimento econômico da China desacelerou a 6,6 por cento em 2018, pressionado pelos crescentes custos de empréstimos e pela repressão a empréstimos mais arriscados.

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