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Cúpula climática da ONU testará determinação global para conter aquecimento

19 set 2019 - 12h24
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Diante de incêndios florestais, ondas de calor e furacões, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que está contando com novas promessas de governos e empresas de abandonar os combustíveis fósseis durante uma cúpula climática especial em Nova York na segunda-feira.

Incêndio na floresta amazônica no Estado do Amazonas
15/09/2019
REUTERS/Bruno Kelly
Incêndio na floresta amazônica no Estado do Amazonas 15/09/2019 REUTERS/Bruno Kelly
Foto: Reuters

Com a pressão crescente da adolescente sueca Greta Thunberg e de outros ativistas sobre os delegados antes da Cúpula da Ação Climática, autoridades da ONU esperam que cerca de 60 países aprofundem seus compromissos com o Acordo de Paris de 2015 para combater o aquecimento global.

"Estamos perdendo a batalha contra a mudança climática", disse Guterres em uma coletiva de imprensa na quarta-feira. "Espero que aconteça o anúncio e a apresentação de vários planos significativos para reduzir as emissões na próxima década e alcançar a neutralidade de carbono até 2050".

Na semana que vem, estarão em cena países que incluirão pequenas ilhas-Estados mais vulneráveis à elevação dos mares e nações como França e Alemanha, de acordo com o esboço de uma programação visto pela Reuters.

Até agora, grandes economias que ainda constroem ou financiam usinas de carvão --como Japão, Coreia do Sul e Austrália-- não devem discursar, mas muitas ainda podem apresentar planos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como o presidente Jair Bolsonaro, alguns dos poucos líderes mundiais que ainda questionam a ciência climática, não vão participar, disseram seus representantes.

Grupos ambientalistas dizem que a cúpula acontece em um momento crucial, já que eventos climáticos extremos e temperaturas em elevação afetam mais pessoas em mais partes do globo.

"A reunião não poderia ser mais importante", disse May Boeve, diretora-executiva do 350.org, um grupo de ativismo climático. "Ela significa que os países finalmente precisarão falar sobre a fonte das chamas que engolfam nosso planeta: os combustíveis fósseis".

Guterres pediu o fim da construção das usinas de carvão a partir de 2020 em todo o mundo, além da anulação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis e uma mudança rápida para fontes de energias renováveis, como solar, eólica e geotérmica.

Embora o Acordo de Paris exija que os governos realizem uma transição rápida para formas de energia limpa, as emissões mundiais de gases de efeito estufa atingiram uma alta recorde no ano passado.

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