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Coronavírus

SP tem média de internações abaixo de mil pela 1ª vez no ano

Houve redução de 70% na média móvel de internações por covid-19; ainda assim, dados podem ser considerados próximos aos do pico da primeira onda da pandemia

8 ago 2021 - 18h37
(atualizado em 9/8/2021 às 07h27)
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A média móvel de novas internações por covid-19 no Estado de São Paulo está abaixo de 1 mil pela primeira vez em 2021, o que representa uma queda de 70% em relação à pior marca de toda a pandemia, atingida na última semana de março. De acordo com o governo estadual, São Paulo registrou neste sábado, 7, quedas inéditas em relação ao balanços de covid deste ano.

Unidade de UTI do Hospital São Paulo para pacientes de Covid-19
17/03/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
Unidade de UTI do Hospital São Paulo para pacientes de Covid-19 17/03/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A média de novas internações ficou em 998, número representa uma redução de cerca de 70% em relação ao mesmo índice no final de março, que superou 3,3 mil. Atualmente, além disso, o Estado está com menos de 5 mil pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs), marca que não era atingida desde 3 de janeiro.

Já a média móvel de novas mortes também apresentou diminuição expressiva e agora é de 240, três vezes menor que o recorde verificado na segunda onda (813).

Ainda assim, o dado pode ser considerado próximo aos valores registrados no pico da primeira onda da pandemia no Estado de São Paulo. A média móvel de óbitos variou de 244 a 278 entre a segunda quinzena de junho e a primeira quinzena de agosto de 2020.

Para o médico do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP Márcio Sommer Bittencourt, mesmo que os índices já estejam mais baixos do que os da segunda onda, ocorrida no começo deste ano, o cenário ainda pode piorar. "A pergunta é quanto", diz. "Acho que não tanto quanto no começo deste ano. A piora deve ser menos intensa", complementa.

Ainda neste sábado, de acordo com o governo do Estado, foi alcançada a menor média móvel de novos casos do ano, chegando a 7,9 mil, menos da metade que o indicador da segunda semana de junho, auge de novas infecções da série histórica completa. O número também está abaixo, ainda que em menor discrepância, do patamar verificado no pico da primeira onda, quando variou de 9,6 mil a 10,8 mil entre meados de julho e agosto.

Havia 9,4 mil pacientes internados neste sábado em todo o território do Estado, sendo 4,5 mil em leitos de enfermaria e 4,8 mil em UTIs. No acumulado, São Paulo já registrou 4,1 milhões de casos de covid-19, 429,9 mil internações pela doença e 140,6 mil mortes por complicações do coronavírus.

Segundo dados do Seade, a taxa de ocupação dos leitos de tratamento intensivo para covid-19 segue em queda em todo o território paulista e na região metropolitana da capital. A Grande São Paulo tem 42,7% dos leitos destinados a casos de coronavírus, enquanto todo o Estado registra 46,6%.

Efeitos da vacinação no País

O número de pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 no Brasil chegou neste sábado, 7, a 106.836.153, o que representa 50,45% da população total do País. A quantidade de pessoas totalmente imunizadas chegou a 45.363.020, 21,42% dos habitantes.

De acordo com o boletim divulgado pelo Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há uma preocupação com a evolução da pandemia com o surgimento de novas variantes do coronavírus, que são mais transmissíveis e agressivas.

"A vacinação tem feito grande diferença na redução da gravidade de casos, internações e de óbitos no País. Entretanto, o vírus continua circulando, ainda são muito elevados os patamares de casos novos e óbitos", diz o texto.

Ainda segundo o boletim, a imunização tem refletido efeitos significativos nas taxas de ocupação dos leitos de UTI, que, para não apresentarem um estado de alerta, devem permanecer abaixo de 60%.

A maioria dos Estados apresentava, até o dia 2, nível baixo de ocupação dos leitos de tratamento intensivo para adultos. Seis estados e o Distrito Federal eram considerados de nível médio, mas Goiás estava em estado crítico. "É fundamental o avanço da vacinação, completando o esquema vacinal daqueles que ainda dependem da segunda dose e ampliando a cobertura de grupos mais jovens", aponta o boletim.

Estadão
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