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Coronavírus

Obra de Frida Kahlo, de Cláudio Medina, é rifada para ações de combate à fome em meio à pandemia

Campanha 'Eu Ajudo Como Dá' completa um ano e oferece cestas básicas e produtos de higiene para famílias em vulnerabilidade

11 abr 2021 - 05h10
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Uma das perguntas mais difíceis de serem respondidas em um processo de autoconhecimento é: qual é o meu propósito de vida? Uma questão complexa, cuja resposta parece utópica para alguns. A gente não é capaz de, sozinho, mudar o planeta. Porém, fazer a diferença no mundo de alguém já é parte desse processo. A campanha 'Eu Ajudo Como Dá' surgiu em abril de 2020, no início da pandemia do novo coronavírus, graças à inquietude da dentista Simone Levy. "O que me motivou a começar foi a necessidade de me sentir útil durante todo esse tempo que a gente ficou dentro de casa assistindo as coisas acontecendo, então, para mim, é muito difícil ficar parada", lembra.

Agora, ao completar um ano da campanha 'Eu Ajudo Como Dá', o artista Cláudio Medina presenteou o projeto com um quadro da mexicana Frida Kahlo, que está sendo rifado. Todo o valor arrecadado será destinado para a compra ações de combate à fome em meio à pandemia. "A situação é muito pior que há um ano. As pessoas estão realmente necessitadas, precisando comer, alimentar os filhos e a ajuda precisa chegar o quanto antes", enfatiza Simone Levy. O valor da rifa online é R$10 e quem quiser ajudar e concorrer ao quadro, é só acessar a página no internet. O vencedor será revelado às 22h do dia 23 de abril.

A carioca começou chamando a mãe para ajudar, em abril do ano passado, no início da pandemia. Depois, percebeu que poderia engajar mais pessoas que, muitas vezes, não conseguiriam auxiliar financeiramente: "No momento em que muitas pessoas estão perdendo seus empregos, passando por necessidades, deixando de pagar contas, enfim, eu queria que todo mundo pudesse se sentir útil. Por isso, criei outras formas de ajudar: higienizando garrafas de 1,5 litro ou 2 litros e enchendo com água filtrada; comprando itens de higiene (escova de dente, creme dental, sabonete e absorvente); divulgando a campanha nos grupos de Whatsapp, redes sociais e se disponibilizando a preparar as refeições". Para aqueles que preferem e podem ajudar com qualquer valor, a campanha recebe doações via transferência bancária e da Vakinha Online. Toda a prestação de contas é publicada na página oficial da campanha no Instagram. Além disso, o projeto disponibiliza um 'motorista amigo', que busca as doações.

Doze meses depois, a carioca contabiliza mais de 11 mil refeições oferecidas para pessoas em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro, além de doação de cobertores, máscaras de proteção, água, kits de higiene, fraldas, brinquedos e cestas de alimentos. "Após esse um ano de ações, percebi que a gente precisa continuar ajudando, independente da pandemia. Ela só agravou a situação de muitas pessoas, mas a necessidade delas é contínua", enfatiza Levy.

A partir de julho de 2020, a dentista Simone Levy percebeu também que, com medidas de flexibilização do isolamento, as pessoas não estavam mais doando como antes e só voltaram a se preocupar no início do ano. Em fevereiro, a paralisação dos tradicionais festejos de carnaval deixou muita gente em situação econômica delicada no Rio de Janeiro. Então, foram distribuídas 50 cestas básicas na quadra das escolas de samba Salgueiro e Portela. Os blocos carnavalescos Empolga às 9, Turbilhão Carioca e Balanço Zona Sul também foram contemplados.

A campanha 'Eu Ajudo Como Dá' cresceu tanto que tem um departamento específico para ajudar os pets que vivem nas ruas. "Nesse momento, a situação está grave no que diz respeito a falta de comida para os donos destes animais. Dooem alimentos não perecíveis. Só assim os donos poderão ter forças para cuidar dos seus bichinhos", diz a publicação no Instagram.

Estadão
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