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O que esperar?

Independentemente das previsões, o fato é que o mundo já mudou. Como é muito difícil saber o que vem por aí, é preciso ter consciência de que as dificuldades vão aparecer, mas desistir não é uma opção.

27 mai 2020 - 05h13
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Com certeza, uma das grandes dúvidas que tira o sono dos empresários de todo o mundo hoje é sobre o que vai acontecer nos próximos meses com o mercado. É impossível negar que o mundo e os mercados não serão mais os mesmos daqui para frente. Afinal, além das questões sanitárias e de saúde, os problemas econômicos também não serão pequenos.

A maior prova disso está na movimentação global de mais de US$ 10 trilhões, que envolve planos de estímulo à economia e recursos básicos para os cidadãos como forma de minimizar os efeitos da pandemia da covid-19. E tudo isso vai de encontro a um dos maiores questionamentos sobre a economia mundial - se as indústrias e as empresas vão conseguir se recuperar do baque.

Mas não é possível dizer, de uma forma geral, sobre a capacidade que cada empresa possui de enfrentar e superar esse período - uma vez que nem todas têm maturidade e resiliência necessárias para absorver esses impactos e saírem melhores do outro lado da crise. Mas o mercado não deve voltar a ser o que era antes.

Primeiro, porque muita gente descobriu como consumir produtos e serviços de formas diferentes. É o caso da saúde a distância, por exemplo. O Teladoc, principal serviço de telemedicina dos EUA, teve um aumento de 50% em consultas só no fim de março.

Diante desse cenário cheio de obstáculos, a atuação dos líderes será cada vez mais importante para definir se uma empresa vai conseguir se recuperar ou não. Existem quatro habilidades que todo o líder precisa desenvolver neste momento.

Primeiro, vem a necessidade de conseguir identificar oportunidades de gerar receita para o negócio. Isso não é importante só pra manter o negócio de pé, mas deve ser a forma como as empresas tenham de operar daqui para frente para identificar e suprir as necessidades dos consumidores, bem como absorver as novas demandas do mercado.

Outra habilidade essencial nesses tempos é a de revisar os processos do negócio, como digitalização e otimização do trabalho e adotar políticas de transparência referentes aos custos da operação.

E a habilidade de criar e gerenciar ambientes flexíveis de trabalho que se adaptem a esse novo cenário, incentivando o trabalho remoto, por exemplo. Mas ainda assim, em muitos casos, empresas terão de se reinventar totalmente.

E você, como líder, vai ter de identificar essa necessidade e conduzir o seu time durante essa fase de mudança, não apenas nas questões técnicas, mas também na forma como tudo isso deve ser conduzido. Porque são esses momentos que colocam em evidência os grandes líderes. Independentemente das previsões, o fato é que o mundo já mudou. Como é muito difícil saber o que vem por aí, é preciso ter consciência de que as dificuldades vão aparecer, mas desistir não é uma opção.

É INVESTIDORA ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL

Estadão
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