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Coronavírus

Moedas Globais: dólar se valoriza ante rivais e emergentes com avanço da covid-19

28 out 2020 - 17h38
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O dólar registrou acentuada valorização na comparação com rivais nesta quarta-feira, 28, em meio ao aumento da demanda pela moeda norte-americana, em um cenário de aversão ao risco por conta do avanço galopante do coronavírus em todo o mundo e a consequente retomada de restrições ao movimento em diversos países. O tombo de cerca de 5% do petróleo pressionou as divisas expostas a commodities.

Entre principais, o dólar só não se fortaleceu contra a do Japão, também buscada em momentos de cautela. No fim da tarde, a divisa dos Estados Unidos recuava a 104,35 ienes. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,50%, a 93,405 pontos. "O DXY voltou à faixa entre 93 e 94, mas não prevemos um aumento maior que isso", projeta o BBH, em relatório enviado a clientes hoje cedo.

No horário em questão, a libra recuava a US$ 1,2984 e o euro cedia a US$ 1,1752, à esperada da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), marcada para amanhã.

Conforme mostrou reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a expectativa é de que a instituição não faça alterações nas taxas de juros ou no programa de compras de ativos e prepare terreno para maior relaxamento no encontro de dezembro.

Nesta quarta, Alemanha e França anunciaram uma série de medidas de restrição à circulação de pessoas para conter a covid-19. A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que restaurantes, bares, cinemas e teatros serão fechados por um mês a partir de segunda-feira, mas as escolas e lojas permanecerão abertas. Já o governo francês não estabeleceu um prazo para o fim das ações e disse que elas podem ser afrouxadas quando o número de casos diários, atualmente em cerca de 50 mil, voltarem à casa dos 5 mil. "Novos lockdowns ameaçam a recuperação europeia", explicou o Western Union.

As moedas expostas ao desempenho de commodities também tiveram fortes perdas, por conta do tombo de cerca de 5% das cotações do petróleo.

Por volta das 17 horas, o dólar avançava a 79,130 rublos russos e a 1,3310 dólares canadenses, também repercutindo decisão do Banco do Canadá de manter a taxa básica de juros no país em 0,25%.

Estadão
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