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Coronavírus

Moedas Globais: dólar recua ante rivais, de olho em nova variante do coronavírus

26 nov 2021 - 18h57
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O enfraquecimento do dólar marcou a sessão desta sexta-feira, 26, enquanto os mercados absorviam notícias sobre a nova variante do coronavírus identificada na África do Sul. O iene, especialmente, avançou sobre a divisa americana, em meio à busca por segurança.

O índice DXY caiu 0,81%, a 96,089 pontos. Na semana, porém, houve aumento de 0,06%. No fim da tarde em Nova York, o dólar cedia a 113,29 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1298 e a libra, a US$ 1,3330.

Analista da Western Union, Joe Manimbo observa que as preocupações renovadas sobre a pandemia incitaram uma onda de compra de moedas que recentemente estavam subvalorizadas. "O iene liderou a alta em relação ao dólar, à medida que disparou mais de 1% e se recuperou de uma baixa de quase cinco anos", afirmou.

A Capital Economics, por sua vez, notou como o iene, o euro e o franco suíço se fortaleceram diante da moeda americana. "Isso é provavelmente uma consequência do que aconteceu nos mercados de títulos. Uma vez que nenhum aperto monetário jamais foi esperado no Japão, na zona do euro ou na Suíça, os rendimentos lá caíram menos do que os dos Estados Unidos hoje", pontua o economista Oliver Jones. Ele observa ainda que a força dessas três divisas espelha o início da pandemia, uma vez que essas tiveram ótimo desempenho entre meados de fevereiro e início de março, enquanto as expectativas sobre taxa de juros nos EUA despencavam.

Apesar da queda de hoje, o dólar tem tido bom desempenho ante rivais. Analista do ING, Chris Turner afirma esperar que a divisa americana se fortaleça ainda mais em 2022. Países com forte exportação de matérias-primas, como Canadá, Noruega e Rússia também devem ver suas moedas se fortalecerem, prevê o banco holandês.

O Société Générale, por sua vez, disse que ainda há espaço para que o euro caia. O banco francês observa que é possível haver um consenso de baixa que eleve preocupações sobre crescimento mais lento na Europa e uma política monetária mais frouxa da China - o que poderia enfraquecer o yuan e impulsionar o dólar. No momento, o Société Générale observa que as taxas de juros estão se movendo fortemente contra o euro, enquanto as tendências econômicas são inúteis diante da desaceleração chinesa e dos gargalos de oferta, que afetam principalmente Europa e EUA. Além disso, atualmente, a covid-19 é um problema maior na Europa do que em qualquer outro lugar, observam analistas.

Estadão
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