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Coronavírus

Minas decreta calamidade pública e fecha divisas

Texto foi encaminhado para a Assembleia; governo diz que medidas valerão a partir de segunda-feira, 23

20 mar 2020 - 23h05
(atualizado em 21/3/2020 às 14h02)
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BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decretou nesta sexta-feira, 20, o fechamento das divisas de Minas Gerais para o trânsito de ônibus e vans de passageiros como forma de deter a propagação do novo coronavírus. Com a decisão, esses veículos não entram nem saem do Estado. O transporte individual "ainda" não foi restrito, segundo o governo. De acordo com o Palácio Tiradentes, o "transporte de cargas nunca será restringido, de forma a garantir o abastecimento. Já o transporte aéreo é de competência do governo federal".

O decreto que fecha Minas para o transporte de passageiros estabelece ainda estado de calamidade pública. Com a medida, segundo o Estado, o governador passa a ter "prerrogativa para atuar junto aos municípios". Passa a existir agora, também conforme o Palácio Tiradentes, "obrigação para que prefeituras sigam regras do Governo do Estado". O texto foi encaminhado para a Assembleia, no entanto, o governo afirma que já começa a valer na "primeira hora da próxima segunda-feira, 23".

Concentração de passageiro no transporte público de Belo Horizonte (MG)
Concentração de passageiro no transporte público de Belo Horizonte (MG)
Foto: O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO / UARLEN VALÉRIO

Outro ponto previsto diz respeito aos ônibus intermunicipais, que "só poderão rodar com metade da capacidade". Os que trafegam dentro das cidades e os rurais terão que respeitar a capacidade de lotação de passageiros sentados.

"Com essas medidas espero minimizar o avanço da doença em Minas Gerais. Mineiros e mineiras, evitem transitar nas ruas. Fiquem em casa. Não permitam que o coronavírus se alastre. Vamos passar por dias difíceis. Mas conseguiremos nos reerguer. Hoje, minha prioridade são as vidas. Vamos preservá-las!", afirmou Zema.

O decreto proíbe o funcionamento do comércio em todas as cidades mineiras. "A exceção são os estabelecimentos que vendem produtos ou prestam serviços essenciais, como padarias, supermercados e farmácias", diz a administração Zema. As escolas também permanecem fechadas, sem aulas. O decreto determina a extensão da medida não apenas para as estaduais, mas as municipais e da rede privada. Em Belo Horizonte, as escolas já estão paradas. Minas Gerais tem confirmados hoje 38 casos do coronavírus.

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