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Coronavírus

Mercados internacionais têm alta generalizada após sinais de desaceleração do coronavírus

Bolsas de Ásia e Europa registram momento raro nas últimas semanas, que têm sido de fortes quedas, em decorrência da pandemia

6 abr 2020 - 06h41
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Com números do novo coronavírus, causador da covid-19, desacelerando em algumas partes do mundo, mercados financeiros da Ásia e da Europa têm alta generalizada nesta segunda-feira, 6. As Bolsas asiáticas, que fecharam na madrugada desta segunda, apresentaram forte avanço após o fechamento do pregão. Já o velho continente tem uma abertura de negociações nesta manhã ensaiando crescimentos relevantes.

Esses desempenho dos mercados apresentam recuperação de parte das fortes perdas ocorridas nas últimas semanas. Por conta das incertezas em relação à pandemia, que se iniciou em Wuhan, na China, em que ainda não se sabe o impacto total nas economias ao redor do globo, investidores de todo o mundo sentem averssão a risco, ou seja, não compram ações que sentem terem potencial de grandes perdas. Ultimamente, muitas empresas, até as muito bem consolidadas, têm perdido valor de mercado, consequentemente, seu valor de ações tem caído, o que faz com que quem havia comprado ativos dessa companhia perca investimento.

No domingo, 5, houve múltiplos relatos de desaceleração de mortes ou infecções por coronavírus em países europeus, como Itália, Espanha, Alemanha, França e Reino Unido, assim como no Estado de Nova York - que responde por cerca de metade dos casos nos Estados Unidos - e no Irã. Também no domingo, o presidente americano, Donald Trump, alertou que os EUA devem enfrentar o pico da pandemia de coronavírus "nos próximos dias". Além disso, dados publicados nesta madrugada mostraram que as encomendas à indústria alemã caíram menos do que o esperado em fevereiro.

Mercados internacionais

O índice japonês Nikkei saltou 4,24% em Tóquio, a 18.576,30 pontos, graças principalmente a ações ligadas ao comércio eletrônico e do setor automotivo, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 3,85% em Seul, a 1.791,88 pontos, o Hang Seng se valorizou 2,21% em Hong Kong, a 23.749,12 pontos, e o Taiex registrou alta de 1,61%, a 9.818,74, ao retornar de dois dias de feriados em Taiwan.

Na China continental, os mercados de Xangai e Shenzhen não operaram nesta segunda devido a um feriado nacional. Na Oceania, a Bolsa australiana fechou no maior nível em quase três semanas, também ajudada por ações de petrolíferas, que reagiram em alta a um salto de mais de 30% nas cotações do petróleo na última semana. O S&P/ASX 200 avançou 4,33% em Sydney, a 5.286,80 pontos.

Na Europa, às 4h11, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 2,66%, a de Frankfurt avançava 4,07% e a de Paris se valorizava 3,52%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhais eram de 3,34%, 2,99% e 1,74%, respectivamente.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta segunda-feira, depois de saltarem mais de 30% na semana passada em meio a esperanças de que a Opep+ - grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados, incluindo a Rússia - chegue a um acordo para reduzir sua produção ainda mais numa tentativa de estabilizar o mercado, fortemente abalado pelo choque econômico da pandemia de coronavírus.

O tom negativo veio após notícia de que a Opep+ adiou para quinta-feira, 09, uma reunião virtual para discutir o assunto. Originalmente, o encontro estava previsto para esta segunda. Às 4h25 (de Brasília), o petróleo WTI para maio caía 1,45% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 27,93 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho recuava 1,26% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 33,68 o barril.

Estadão
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