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Coronavírus

Mercados internacionais fecham sem sentido único com vacina para a covid e acordo na UE

Investidores observam com atenção a indefinição frente a aprovação do pacote orçamentário de 1,85 trilhão de euros; avanço nos testes de antídoto contra o vírus ajudaram a evitar maiores perdas

20 jul 2020 - 07h11
(atualizado às 18h44)
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As Bolsas da Ásia e daEuropafecharam sem direção única nesta segunda-feira, 20, com investidores mantendo a cautela em meio a negociações da União Europeia (UE) sobre um fundo de resgate bilionário e a disseminação do coronavírus nos Estados Unidos. No entanto, notícias positivas relacionadas ao avanço na produção de uma vacina contra o vírus evitaram maiores perdas e fez com que os índices de Nova York encerrassem em alta generalizada.

Deu novo fôlego aos principais índices do exterior, a noticía de que a vacina estudada pela Universidade de Oxford produziu resposta imune em voluntários contra a covid-19, além de não ter causado nenhum efeito colateral grave. Além disso, a vacina chinesa contra a covid-19 também mostrou resultados satisfatórios e causou forte reação de anticorpos na maior parte dos testados, assim como a da Pfizer e a BioNTech.

Já em desdobramento positivo anunciado nesta tarde, o presidente do Conselho da União Europeia, Charles Michel, disse que apresentará nova proposta para a criação do fundo de recuperação do bloco econômico, após o impasse que marcou a reunião de cúpula dos 27 líderes da UE no fim de semana em Bruxelas. A medida é altamente esperada, pois pode liberar até 1,8 trilhão de euro aos países do bloco.

Ainda nesse cenário, deve continuar no radar a possível reunião do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, com lideranças democratas no Congresso americano na terça-feira, 21, para tratar de uma nova rodada de estímulos fiscais para atenuar a crise econômica provocada pelo coronavírus.

Porém, a segunda onda de coronavírus no país americano gera apreensões sobre o ritmo de recuperação da maior economia do mundo. O país acumula mais de 3,7 milhões de casos da doença, sendo que 63 mil novas infecções foram relatadas no sábado, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Bolsas da Ásia

O índice acionário japonês Nikkei teve alta marginal de 0,09% em Tóquio, a 22.727,48 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 0,12% em Hong Kong, a 25.057,99 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,14% em Seul, a 2.198,20 pontos, e o Taiex registrou ligeira perda de 0,06% em Taiwan, a 12.174,54 pontos.

Na China continental, as Bolsas tiveram sólidos ganhos: o índice Xangai Composto subiu 3,11%, a 3.314,15 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,68%, a 2.216,70 pontos. O impulso veio de ações de seguradoras, após mudança regulatória anunciada no fim de semana que permitirá ao setor investir mais em renda variável, e de fornecedores de materiais de construção.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por papéis de petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,53% em Sydney, a 6.001,60 pontos.

Bolsas da Europa

Na Europa, centro do impasse do acoro trilionário da UE, os índices também fecharam sem sinal único, mas o Stoxx 600 encerrou com alta de 0,75%. A Bolsa de Londres teve baixa de 0,46%, mas a de Frankfurt, avançou 0,99% e a de Paris subiu 0,47%. Já os índices de Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,99%, 1,20% e 0,51%.

Bolsas de Nova York

O clima foi favorável nas Bolsas de Nova York, que ficam na espera de um possível novo acordo também nos EUA. Com isso, o Dow Jones encerrou com ganho de 0,03%, o S&P 500 avançou 0,84% e o Nasdaq se valorizou 2,51%. As ações de tecnologia, em geral, tiveram bom desempenho, mas o papel da Amazon se destacou, com alta de 7,93%, após um analista do Goldman Sachs elevar o preço-alvo dos papéis de US$ 3 mil por ação para US$ 3,8 mil por ação.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, em meio à divulgação de resultados promissores de testes clínicos para o desenvolvimento de vacina contra o coronavírus.

Em resposta, o barril do WTI para setembro, referência no mercado americano, fechou com ganho de 0,42%, a US$ 40,92. Já o Brent para o mesmo mês, referência no mercado europeu, subiu 0,32%, a US$ 43,28 o barril./COLABOROU MAIARA SANTIAGO

Estadão
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