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Coronavírus

Lucro do Banco do Brasil cai 25,3% no 2º trimestre, para R$ 3,3 bi

Resultado na comparação com 2019 foi afetado pelo aumento dos gastos com o reforço do colchão de proteção contra inadimplência durante a pandemia

6 ago 2020 - 08h20
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O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,311 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 25,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado, último sob a gestão do economista Rubem Novaes, de saída da instituição, foi afetado pelos maiores gastos com o reforço do colchão para perdas em meio à pandemia do novo coronavírus. Em relação ao primeiro trimestre, o lucro do BB encolheu 2,5%.

"O resultado foi influenciado, principalmente, pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da provisão (PCLD ampliada)", diz o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado do BB foi de R$ 6,706 bilhões, cifra 22,7% menor que a vista um ano antes.

A divulgação dos resultados do banco ocorre em meio às expectativas de troca de comando no BB. Alegando motivos familiares e cansaço com o ambiente político de Brasília, o economista Rubem Novaes renunciou ao cargo. Seu substituto, ao menos até aqui, deverá ser o diretor do HSBC André Brandão.

Dentre os desafios que o executivo terá estão uma agenda de desinvestimentos, já em curso, mas atropelada pela pandemia, e ainda preparar o banco público para a revolução tecnológica que tem transformado o setor financeiro.

Depois de conseguir voltar a crescer em crédito no primeiro trimestre, a carteira no conceito 'ampliado' diminuiu. O saldo foi a R$ 721,559 bilhões no fim de junho, recuo de 0,5% em relação a março. Em um ano, porém, cresceu 5,1%.

Tanto a pessoa física quanto a jurídica tomaram menos recursos no BB no segundo trimestre frente ao primeiro. A carteira voltada a empresas diminuiu 1,1%, influenciada, principalmente, pelo segmento de grandes contas, na contramão dos bancos privados.

O crédito voltado a indivíduos teve queda trimestral de 0,2%. No ano, porém, as carteiras de pessoa física e jurídica entregaram incremento de 6,3%. Agronegócio, foco no BB, cresceu em ambas as comparações.

O BB detinha patrimônio líquido de R$ 114,836 bilhões no segundo trimestre, 12,7% maior que no mesmo período do ano passado. Em relação aos três meses anteriores, cresceu 2,2%.

Em ativos totais, o BB registrava R$ 1,710 trilhão ao fim de junho, elevação de 9,7% em um ano. Ante o trimestre imediatamente anterior, aumentou 7,0%.

Estadão
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