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Coronavírus

Governo deixa postos e restaurantes a caminhoneiros abertos

27 mar 2020 - 09h12
(atualizado às 09h37)
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Portaria publicada pelo Ministério da Agricultura nesta sexta-feira, 27, considera postos de combustíveis e restaurantes em estradas como estruturas essenciais para permitir o transporte de alimentos e insumos agrícolas em tempos de coronavírus.

27/02/2019
REUTERS/Ricardo Moraes
27/02/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

A medida, que visa garantir o funcionamento de tais estabelecimentos, foi publicada diante de reclamações de que muitos caminhoneiros estavam deixando de trabalhar ou enfrentando dificuldades para se alimentar, ou mesmo para obter serviços básicos, como borracharias, diante das medidas restritivas para combater o Covid-19.

Lojas de conveniência, locais para pouso e higiene, "com infraestrutura mínima para caminhoneiros e para o tráfego de caminhões ao longo de estradas e rodovias de todo o país" também foram considerados serviços essenciais.

A determinação do ministério também considera como essenciais portos, entrepostos, ferrovias e rodovias, municipais, estaduais e federais, para escoamento e distribuição de alimentos, bebidas e insumos agropecuários.

Em reunião com secretários estaduais na véspera, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, havia pedido a colaboração dos Estados para garantir o abastecimento de alimentos e a manutenção dos serviços essenciais, para que a cadeia produtiva funcione durante a crise do coronavírus.

Ela havia adiantado que publicaria tal portaria, que também considera essenciais à cadeia produtiva o transporte coletivo ou individual de funcionários destinados às atividades do agronegócio; transporte e entrega de cargas em geral; produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados.

Segundo a portaria, também são essenciais estabelecimentos de beneficiamento e processamento de produtos agropecuários; estabelecimentos para produção de insumos agropecuários (fertilizantes, defensivos, sementes e mudas, suplementação e saúde animal, rações e suas matérias primas), além de estabelecimentos para fabricação e comercialização de máquinas, implementos agrícolas e peças de reposições.

A determinação vem após, nesta semana, alguns municípios terem determinado o fechamento de operações da agroindústria, apesar de o setor de alimentos ter sido considerado essencial, em uma medida anterior do governo federal.

As medidas são implementadas, ainda, após a indústria do trigo ter reportado problemas para a entrega de farinha aos clientes, devido à descoordenação entre ações federais, estaduais e municipais de combate ao coronavírus, o que criou gargalos para o transporte de mercadorias.

Uma reunião do setor do agronegócio com o governo federal está prevista para esta sexta-feira e deverá discutir o assunto.

Enquanto isso, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar normas editadas por Estados e municípios que determinaram o fechamento de fronteiras locais como forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

Em meio a medidas restritivas para combater o vírus, a associação de empresas de transporte NTC&Logística publicou pesquisa na quinta-feira apontando queda de 26% no transporte de cargas gerais, indicando também que a logística da soja recém-colhida tem visto menos problemas.

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