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Coronavírus

Gol tem prejuízo de R$ 1,9 bi no 2º trimestre sob efeito da pandemia

O presidente da companhia, Paulo Kakinoff, vê retomada da demanda e planeja trabalhar com 80% de todas as frequências e mercados em dezembro

31 jul 2020 - 13h54
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A Gol reportou prejuízo de R$ 1,997 bilhão no segundo trimestre de 2020, período em que companhias aéreas de todo o mundo foram fortemente afetadas pela pandemia de covid-19. No mesmo período do ano passado, o prejuízo foi de R$ 120,8 milhões.

Descontando variações cambiais e monetárias, a empresa teve prejuízo líquido no período de R$ 771,8 milhões, contra o prejuízo de R$ 2,1 milhões (também ajustado) do segundo trimestre de 2019.

A receita líquida foi R$ 358 milhões, uma queda de 89% em relação ao segundo trimestre de 2019. A empresa, entretanto, sinalizou que a receita apresentou recuperação. Em abril, a linha ficou em R$ 104,3 milhões e terminou com R$ 164,1 milhões em junho, crescimento de 57%.

O presidente da companhia, Paulo Kakinoff, disse que o mercado tem melhorado aos poucos. "A demanda dos clientes está retornando e, como consequência, estamos gradualmente aumentando nossa capacidade."

Segundo ele, a demanda aérea no Brasil está mais atrelada a decisões do governo de liberar a economia do que ao medo dos passageiros de voar. "Estamos vendo a covid-19 avançar no mesmo momento que a demanda por passagens aéreas está voltando", disse. "(A queda na demanda) é mais uma questão de a economia ter sido paralisada."

A Gol espera operar 250 voos por dia em agosto, contra 200 em julho e 100 em junho. Para setembro, a estimativa é elevar o número de voos diários para 300.

"Sazonalmente, a pior parte do nosso ano está para trás", disse o diretor financeiro e diretor de Relações com Investidores, Richard Freeman Lark Jr.

Para o terceiro trimestre, a companhia planeja operar uma frota média de 69 aeronaves e espera terminar o mês de setembro com 74 aeronaves operando na malha, o que representa 60% da frota operacional no mesmo período do ano passado.

A empresa espera retomar 80% de todas as frequências e mercados no mês de dezembro.

Estadão
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