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Coronavírus

Fora do País, brasileiros vivem a volta da normalidade

Moradores de Sparks (EUA), Pequim, Melbourne e Sydney (Austrália) e Newcastle (Reino Unido), cidades que fizeram lockdown rigoroso, relatam retomada da rotina e do crescimento da economia

2 mai 2021 - 22h01
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Com o Brasil ultrapassando a marca dos 400 mil mortos pela covid-19, uma média de mortes acima de duas mil pessoas por dia e vacinação atrasada, brasileiros que moram no exterior já testemunham a vida voltando ao normal em diversas partes do mundo onde a pandemia do coronavírus está sob controle. Cidades que tiveram lockdown rigoroso no ano passado, como Sparks, no interior dos Estados Unidos, estão com vacinação avançada e já protegem jovens de 16 anos. Em Pequim, na China, onde a peste começou, as crianças têm aulas normais, o comércio está bombando e a economia cresce aceleradamente - no primeiro trimestre de 2021, o PIB chinês avançou 18,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

"Nós estamos com a maioria dos estabelecimentos abertos, as escolas estão abertas desde agosto quando começou o ano letivo. E os adultos frequentam o comércio normalmente", conta Natália Gava, de 37 anos, nutricionista de São Paulo que vive em Sparks, no Estado de Nevada, nos EUA, com a família. Natália tem duas filhas, de dez e cinco anos, e mora nos EUA há sete anos e meio. Do outro lado do mundo, em Pequim, onde vive há três anos, Denise Melo, de 36 anos, solteira, vive situação semelhante. Ela conta que já recebeu a primeira dose da vacina e que a capital chinesa também tem dias de normalidade depois de ter passado por fortes controles de circulação de pessoas. "Aqui, eles respeitam aqueles três meses de lockdown no início de 2020", lembra Denise. "E quando começou a reabertura, desempregado de loja foi trabalhar na reforma das ruas para fazer a economia girar", explica Denise, que aguarda a segunda dose da vacina contra a covid-19.

O Estadão ouviu ainda o depoimento da advogada Ana Ganzarolli, 42 anos, que mora em Newcastle, no Reino Unido, cidade que teve reabertura no último dia 12. O coordenador de marketing Guilherme Dorf, de 34 anos, que vive na Austrália, conta que a vida por lá também se normalizou. Em Melbourne, no Estado de Vitória, onde Dorf reside, a covid matou 820 pessoas, dos 910 óbitos causados pelo coronavírus ocorridos no país. A única morte de 2021 ocorreu em Queensland, onde um homem de 80 anos havia retornado recentemente das Filipinas. Em toda a pandemia, o Estado teve sete mortes. Segundo o relato da estudante Paola Victorio, de 26 anos, de Sydney, Estado de Nova Gales do Sul (54 mortes no total), a pandemia parece ser coisa do passado: a última morte por coronavírus foi registrada em 27 de dezembro, conforme dados da Johns Hopkins University.

Abaixo, leia os depoimentos, que estão publicados também na TV Estadão.

Estadão
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