PUBLICIDADE

Coronavírus

EUA autorizam vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

Autorização de emergência veio após análise de resultados de testes clínicos; farmacêutica vai pedir para aplicar doses no Brasil também

29 out 2021 - 17h18
(atualizado às 17h36)
Compartilhar
Exibir comentários
Frasco rotulado como de vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid em foto de ilustração
19/03/2021 REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Frasco rotulado como de vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid em foto de ilustração 19/03/2021 REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Foto: Reuters

Os Estados Unidos autorizaram a vacina contra o coronavírus da Pfizer-BioNTech para crianças de 5 a 11 anos nesta sexta-feira (29), abrindo caminho para uma nova etapa na campanha de imunização que atinge 28 milhões de pessoas no país. No Brasil, a Pfizer já anunciou que vai pedir no próximo mês autorização também para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

Esta autorização de emergência da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, veio após uma análise dos resultados dos testes clínicos conduzidos pela Pfizer em milhares de crianças. "Como mãe e como médica, sei que pais, cuidadores, professores e crianças têm aguardado ansiosamente por essa autorização", disse Janet Woodcock, comissária interina da FDA, em um comunicado. "A vacinação de crianças pequenas contra covid-19 é um passo adicional para o retorno à normalidade", acrescentou.

Um comitê de especialistas independentes recomendou na terça-feira a imunização de crianças entre 5 e 11 anos de idade com a vacina Pfizer, que em ensaios clínicos mostrou uma eficácia de 90,7% na prevenção de formas sintomáticas de covid-19 nessa faixa etária.

Especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) vão se reunir na próxima semana para fornecer informações e publicar recomendações. A dosagem que deverá ser utilizada nas crianças corresponde a um terço da dose aplicada em adultos. A FDA também recomendará duas doses, com três semanas de intervalo.

Moderna entra na disputa

A farmacêutica Moderna também afirmou que sua vacina causa uma "forte resposta imunológica" em crianças de 6 a 11 anos, além de ter um perfil de segurança similar ao dos testes com adolescentes e adultos. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, dor de cabeça, febre e dor no local da injeção.

Os testes da Moderna envolveram mais de 4,7 mil participantes, mas ainda não foram revisados pela comunidade acadêmica e nem submetidos à aprovação da FDA ou de outra agência reguladora. Apesar de ser utilizada em mais de 40 países, a vacina de RNA mensageiro ainda não foi liberada nos EUA para ser aplicada em adolescentes. Por lá, o imunizante só tem aval de uso em adultos acima dos 18 anos.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade