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Coronavírus

Em meio a crise, governo lança ação 'Brasil não pode parar'

Peça propaga diretrizes do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus

27 mar 2020 - 08h10
(atualizado às 08h38)
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Em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, o governo de Jair Bolsonaro lançou uma campanha que defende que o país "não pode parar".

Jair Bolsonaro defende 'isolamento vertical' contra coronavírus
Jair Bolsonaro defende 'isolamento vertical' contra coronavírus
Foto: EPA / Ansa

Em um post publicado em sua conta oficial no Instagram há dois dias, o governo federal ecoa a principal diretriz apresentada pelo presidente Bolsonaro: isolar idosos e grupos de risco e liberar as outras pessoas.

"No mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais [sic] do coronavírus entre jovens e adultos. A quase-totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade", diz o texto.

Segundo o jornal O Globo, o governo também prepara um vídeo para ampliar a campanha. A iniciativa remete a uma ação de marketing que viralizou em Milão no fim de fevereiro, também defendendo que a capital financeira da Itália não podia parar.

Na ocasião, a campanha não foi preparada por órgãos oficiais, mas teve o apoio público do prefeito Giuseppe Sala, que, um mês mais tarde, reconheceria o erro. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 2,9 mil casos e 77 óbitos na pandemia, mas a falta de testes dificulta a real mensuração dos contágios.

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, totaliza cerca de 4,5 mil casos "prováveis" do novo coronavírus. As medidas de isolamento social, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são necessárias para "achatar" a curva epidêmica e evitar uma explosão nos contágios em um curto espaço de tempo.

Isso sobrecarregaria os sistemas de saúde, principalmente leitos de UTI - é o que aconteceu na Itália -, e levaria muitas pessoas à morte por falta de assistência.

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Ansa - Brasil   
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