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Coronavírus

Dólar sobe ante rivais, apesar de otimismo por payroll e com foco em covid-19

2 jul 2020 - 17h59
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O dólar avançou em relação a outras moedas fortes no pregão desta quinta-feira, 2, antes de um feriado nos Estados Unidos. Apesar do otimismo do mercado com a criação de vagas maior do que o esperado em junho, mostrada hoje no relatório de empregos americano, a cautela com o aumento dos novos casos de covid-19 ainda persiste.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,54 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1239 e a libra cedia a US$ 1,2465. O índice DXY, por sua vez, operava em alta de 0,08%, a 97,274 pontos, na mesma marcação.

"Se os casos de coronavírus nos EUA não tivessem atingido um novo recorde ontem acima de 50 mil, isso seria uma ótima notícia para a economia dos EUA", afirma a diretora de estratégias de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien, ao comentar o payroll de junho, que mostrou criação de 4,8 milhões de postos de trabalho, acima das projeções do mercado.

Para Lien, os novos surtos de covid-19 em Estados americanos serão os principais direcionares dos fluxos de mercado. "Ainda que os ganhos no mercado de ações sinalizem otimismo, nuvens negras pairam sobre o forte relatório do mercado de trabalho, atrapalhando as perspectivas das moedas", avalia a analista.

Além disso, as tensões entre Washington e Pequim continuam sendo monitoradas. Hoje, o Congresso americano aprovou um projeto de lei para impor sanções a autoridades chinesas que atuam na aplicação da lei de segurança nacional em Hong Kong. A legislação vai agora para a sanção do presidente dos EUA, Donald Trump.

Entras as divisas europeias, o euro recuou hoje mesmo após o Parlamento alemão ter apoiado o programa de compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE), o que encerrou um impasse legal que poderia prejudicar a resposta da autoridade monetária à crise gerada pela pandemia.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar ficou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda americana subia a 70,5924 pesos argentinos, mas recuava a 16,9879 rands sul-africanos e a 22,6408 pesos mexicanos.

Na Argentina, segundo um estrategista ouvido pela Dow Jones Newswires, as conversas do governo com credores privados para acertar a renegociação da dívida parecem ter atingido um novo impasse.

Estadão
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