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Coronavírus

Demanda global por petróleo deve superar níveis pré-pandemia neste ano

Projeção da Agência Internacional de Energia (AIE) leva em conta o avanço da vacinação e o fato de as novas ondas de covid-19 serem menos severas

19 jan 2022 - 08h09
(atualizado às 08h14)
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PARIS - A demanda global por petróleo vai exceder níveis anteriores ao da pandemia de covid-19 este ano, graças ao avanço dos esforços de vacinação contra a doença e ao fato de que ondas recentes do vírus não têm sido suficientemente graves para exigir a retomada de medidas mais enérgicas, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 19, a AIE elevou sua previsão de alta para o consumo mundial de petróleo em 2022 em 200 mil barris por dia (bpd), a 3,3 milhões e bpd. Para 2021, a entidade com sede em Paris também elevou sua estimativa de avanço na demanda em 200 mil bpd, a 5,5 milhões de bpd.

"O número de casos de covid está explodindo mundialmente, mas as medidas que os governos vêm tomando para conter o vírus são menos severas do que em ondas anteriores, e seu impacto na atividade econômica e demanda por petróleo segue relativamente contido", diz a agência.

A AIE prevê que a demanda total por petróleo deverá chegar este ano a 99,7 milhões de bpd, cerca de 200 mil bpd acima dos patamares de 2019, ano anterior ao início da pandemia. Há um mês, a agência se mostrava menos otimista e calculava que a demanda em 2022 seria semelhante a níveis pré-pandemia.

Também no documento, a AIE estima que a oferta global de petróleo teve modesta alta de 130 mil bpd em dezembro, a 98,6 milhões de bpd. Já a produção da Opep+ - grupo formado pela Opep e dez parceiros, incluindo a Rússia - teve expansão de 250 mil bpd no último mês.

Neste ano, a AIE projeta que a oferta fora da Opep+ crescerá 1,8 milhão de bpd.

A AIE informou ainda que os estoques de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofreram redução de 6,1 milhões de barris em novembro, a 2,76 bilhões de barris, o menor nível em sete anos. Dados preliminares sugerem que houve nova queda em dezembro, de 45 milhões de barris. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

Estadão
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