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Coronavírus

De olho na disseminação da covid-19, Ásia fecha em queda, mas Europa e NY têm ganhos

Coronavírus bateu recorde no domingo ao deixar mais de 10 milhões infectados e mais de 500 mil mortos; no entanto, avanço de vacina chinesa trouxe esperança ao mercado

29 jun 2020 - 07h11
(atualizado às 18h38)
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As Bolsas da Ásia e Pacífico fecharam em baixa nesta segunda-feira, 29, à medida que a disseminação do coronavírus freou o recente otimismo com a recuperação da economia global. No entanto, em Europa e Estados Unidos, apoiados por novas medidas de incentivo e pelo avanço da vacina chinesa contra a covid-19, o dia foi de ganhos,

No domingo, 28, o coronavírus atingiu dois marcos globais, com mais de 10 milhões de pessoas infectadas e mais de 500 mil mortos. Além disso, o mundo registrou número recorde de novos casos de covid-19 em 24 horas, assim como os Estados Unidos, onde a doença se alastra de forma mais agressiva.

Porém, nas Bolsas de Nova York e nos índices do velho continente, a notícia de que a farmacêutica China National Biotec Group, está avançando na produção de uma vacina contra o vírus, aumentou as esperanças de que a cura chegue logo a população. Em comunicado, o grupo chinês disse que já imunizou mais de 1.100 pessoas - e que todas desenvolveram anticorpos contra a covid-19.

Bolsas da Ásia e Pacífico

O mau humor generalizado deixou em segundo plano um novo indício de que a economia chinesa continua se recuperando do choque do coronavírus. Em maio, o lucro de grandes empresas industriais da China cresceu 6% na comparação anual, assegurando o primeiro ganho em 2020 e revertendo queda de 4,3% do mês anterior, segundo dados publicados no fim de semana.

O japonês Nikkei liderou as perdas, com queda de 2,30%, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,93% e o Hang Seng recuou 1,01% em Hong Kong. Já os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto fecharam com baixas de 0,61% e 0,44% cada. Enquanto isso, o Taiex caiu 1,01% em Taiwan e aBolsa australiana teve recuo de 1,51%.

Bolsas da Europa

Por lá, em carta enviada ao Parlamento Alemão, o ministro das finanças do país, Olaf Scholz, declarou apoio ao programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE), questionado pela Justiça local. A presidente do BCE, Christine Lagarde, também voltou a demonstrar confiança de que o processo chegará ao fim com uma decisão favorável à autoridade monetária.

Em resposta, as Bolsas da Europa, que também se beneficiaram pelo movimento de alta de NY, fecharam o dia em alta, com Stoxx 600 registrando ganho de 0,44%. Londres e Paris avançaram 1,08% e 0,73% cada, enquanto Frankfurt subiu 1,18%. Nas demais praças, Milão, Madri e Lisboa tiveram altas de 1,69%, 1,39% e 0,77%, respectivament

Bolsas de Nova York

Já nos Estados Unidos, o avanço dos principais índices de ações americanos, coincidiu com o anúncio do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), de que comprará novos títulos de dívida corporativa no mercado primário. Ainda por lá, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, afirmou que, apesar da alta recente no número de casos de coronavírus, o governo americano está "encorajado" pela queda na quantidade de mortes.

Com isso, ganhos consistentes foram sentidos nas Bolsas de Nova York, que se fortaleceram ainda mais na reta final do pregão em sintonia com o anúncio do Fed. Dow Jones teve alta de 2,23%, o S&P 500 avançou 1,47% e o Nasdaq teve ganho de 1,20%.

Petróleo

Os contratos da commodity vinham em queda na madruga, após os novos números do coronavírus no mundo apontarem para uma segunda onda da doença em importantes consumidores de petróleo, como China e Estados Unidos. No entanto, já pelo meio da sessão, a notícia de que os chineses estão avançando na produção de uma vacina, deu impulso ao ativo, que passou a subir.

Com isso, o WTI para agosto, referência no mercado americano, fechou com alta de 3,14%, a US$ 39,70 o barril. Já o Brent para setembro, referência no mercado americano, subiu 2,25%, a US$ 41,85 o barril./COLABOROU MAIARA SANTIAGO

Estadão
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