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Coronavírus

Damares visita Lençóis Paulista; Secretaria não vê elo de vacina com parada cardiorrespiratória

De acordo com a secretaria de Saúde de São Paulo, uma investigação concluiu que a criança de Lençóis Paulista possui síndrome Wolff-Parkinson-White, algo que a família desconhecia

21 jan 2022 - 15h04
(atualizado às 15h34)
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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, visitou, na tarde nesta quinta-feira, 20, a criança de 10 anos que teve parada cardiorrespiratória 12 horas depois de ter sido vacinada contra covid-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também esteve na comitiva que foi até Lençóis Paulista (SP).

Os ministros estiveram na cidade após a Secretaria de Saúde de São Paulo informar que a parada cardíaca não teve ligação com a vacina da covid-19. Em nota, o órgão disse que uma investigação foi instaurada e que foi concluído que a criança possui um quadro de síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família.

Pelos exames realizados, foi constatado que essa situação levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica e na parada cardiorrespiratória.

Segundo relato da ministra em rede social, o quadro da criança é estável, mas ela continuará internada para a realização de novos exames. Damares também disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em contato com a família da criança por telefone.

O presidente se posicionou contrário à vacinação infantil desde o início dos debates sobre o tema. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro chegou a afirmar que não entendia "essa gana por vacina" e destacou que não vai vacinar sua filha Laura, de 11 anos.

O imunizante pediátrico da Pfizer, que foi aplicado na criança em questão, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2021 para o público de 5 a 11 anos.

Nesta quarta-feira, 19, o prefeito de Lençóis Paulistas Anderson Prado (DEM) anunciou em rede social que a cidade recebeu 20 mil testes rápidos para detecção da covid-19 do Ministério da Saúde, por intermédio da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Inicialmente, o prefeito tinha divulgado que a quantidade era de 10 mil, mas, ao chegar na superintendência do Ministério da Saúde, localizada na capital paulista, destacou que a quantidade era maior. Zambelli é uma das mais aguerridas defensoras do governo Bolsonaro.

Estadão
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