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Coronavírus

Covid-19: Reino Unido é o primeiro país a aprovar vacina adaptada para Ômicron

Com o novo imunizante, a expectativa é que os adultos podem passar a ser vacinados apenas uma única vez contra o coronavírus no período de um ano

15 ago 2022 - 18h02
(atualizado às 18h13)
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O Reino Unido se tornou, nesta segunda-feira, 15, o primeiro país no mundo a aprovar o uso da vacina bivalente da Moderna para combater duas cepas da covid-19 de forma simultânea: o vírus original e também a variante Ômicron. A informação foi divulgada pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês). A expectativa é que, com o novo imunizante, os adultos podem passar a ser vacinados apenas uma única vez contra o coronavírus no período de um ano.

A executiva-chefe da MHRA, June Raine, descreveu o novo reforço como "uma ferramenta afiada em nosso arsenal" para proteger o Reino Unido contra a covid-19. "Tenho o prazer de anunciar a aprovação da vacina de reforço bivalente Moderna" para "fornecer uma forte resposta imune contra a variante Ômicron BA.1, bem como a cepa original de 2020", acrescentou.

As atuais vacinas que estão sendo aplicadas foram desenvolvidas para combater a forma original do vírus que surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019. Porém, mutações foram acontecendo à medida que novas variantes foram surgindo, o que levou o vírus a conseguir driblar o sistema imunológico e a provocar surtos de covid-19 em muitos países.

De acordo com o diretor médico da Moderna, Paul Burton, a nova injeção pode aumentar os anticorpos de uma pessoa a níveis tão altos que é possível que, a partir de agora, os adultos precisem ser vacinados somente uma vez por ano.

Já Stephane Bancel, CEO da Moderna, entende que a vacina vai desempenhar um importante papel de proteção às pessoas durante as temporadas de inverno. "Isso representa a primeira autorização de uma vacina bivalente contendo Ômicron, o que destaca ainda mais a dedicação e liderança das autoridades de saúde pública do Reino Unido para ajudar a acabar com a pandemia de covid-19".

A expectativa é que o imunizante seja utilizado como reforço no próximo outono europeu, que começa em setembro. Contudo, não se sabe ainda o número de doses das vacinas que estão disponíveis. As autoridades de saúde britânicas já haviam informado que uma vacina de reforço seria destinada aos maiores de 50 anos e à população dos grupos de risco.

Conhecida como mRNA-1273.214, esta dose é uma versão atualizada da vacina Moderna, que já é administrada no Reino Unido como primeira e segunda doses, como também dose de reforço. De acordo com a MHRA, os efeitos colaterais da vacina bivalente são leves e parecidos com os mesmos sintomas observados na administração das doses de reforço originais da Moderna./EFE

Estadão
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