Coronavírus chega à Ilha de Paquetá e amedronta moradores
Temor em região do ponto turístico localizado na Baía de Guanabara, no Rio, veio após confirmação de caso
A confirmação de que uma pessoa já está contaminada, na Ilha de Paquetá, ponto turístico localizado na Baía de Guanabara, no Rio, transformou a vida da maioria dos 5.500 moradores da região. Muitos se perguntam sobre quem seria o infectado e vivem sob o medo de que o coronavírus se alastre por ali, numa área de apenas 1,2 quilômetro quadrado.
Por causa da quarentena no Rio e da revelação, pela Secretaria de Saúde do Estado, de que a Ilha de Paquetá já foi afetada pela pandemia, turistas não são mais vistos nas suas ruas, tampouco moradores.
“A apreensão aumentou, a gente não sabe quem se contaminou e onde mora exatamente, e o sinal de alerta está aceso aqui”, disse ao Terra o comerciante Renato Touzpin. Ele vende açaí artesanal em Paquetá e passou a mudar os hábitos faz alguns dias.
Até quarta-feira da semana passada, Renato ficava na praça principal do bairro, numa bicicleta adaptada, para vender seu produto. Mas, diante da propagação do coronavírus, decidiu fazer entregas diretamente na casa dos clientes.
“Só saio de casa para essas entregas pontuais. Fico ao lado do meu filho e da minha esposa, estamos em quarentena. Obviamente, minha arrecadação caiu bastante. Em dias normais, eu conseguia até 600 reais com o trabalho. Ultimamente, vinha tirando 200 reais. Agora, não ganho mais de R$ 70 diários”, conta Renato, que segue o protocolo sobre a higienização no trato com o açaí e no ato da entrega da mercadoria.
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