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Coronavírus

Coronavírus atinge de forma mais dura as Américas, diz OMS

O chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, destacou os problemas de controle da pandemia no Brasil e no México

12 jun 2020 - 20h13
(atualizado às 20h28)
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Paramédicos da Cruz Vermelha lamenta morte de colega pelo coronavírus, em Ciudad Juarez, no  México
09/06/2020
REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Paramédicos da Cruz Vermelha lamenta morte de colega pelo coronavírus, em Ciudad Juarez, no México 09/06/2020 REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Foto: Reuters

O continente americano está carregando o fardo da pandemia global de coronavírus neste momento, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira, com as Américas do Norte e do Sul atualmente apresentando quatro dos 10 países mais afetados pela doença em todo o mundo.

A doença está "altamente ativa" nas Américas Central e do Sul, afirmou o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, destacando problemas no Brasil e no México.

A situação atual do Brasil, agora um dos epicentros mundiais do coronavírus, é uma preocupação crescente, principalmente nas cidades densamente povoadas, disse Ryan.

O sistema de saúde do Brasil "ainda está suportando", embora algumas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estejam em um estágio crítico e sob forte pressão, com mais de 90% de taxas de ocupação do sistema de cuidado intensivo, apontou Ryan em entrevista coletiva.

O México enquanto isso tem quase 130 mil casos confirmados de Covid-19, e mais de 15 mil mortos, afirmou a OMS.

O Brasil é o segundo país mais atingido no mudo, com mais de 800 mil casos e 41 mil mortos, de acordo com uma contagem da Reuters.

Ambos os países estão atrás dos Estados Unidos, que tem os piores números, com mais de 2 milhões de casos e perto de 114 mil mortes.

"Estamos na ascensão dessa pandemia, principalmente no sul global", disse Ryan. "Alguns países estão tendo problemas para sair dos chamados lockdowns enquanto estão vendo aumentos nos números de casos."

É possível que a doença esteja se espalhando novamente enquanto as sociedades estão em reabertura e as pessoas estão voltando a se encontrar, especialmente onde não houve um número adequado de testes e o distanciamento social foi insuficiente.

Ainda assim, Ryan reconheceu as pressões sobre esses países para se voltar ao normal e principalmente reduzir os danos econômicos que a crise trouxe.

"Há um equilíbrio cuidadoso entre manter as pessoas em casa e o efeito desfavorável sobre a economia e a sociedade. Não é um equilíbrio fácil. Não há respostas corretas", disse Ryan.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanmo Gheybreyesus afirmou que vigilância é necessária em todo mundo contra "o vírus muito perigoso" mesmo em regiões onde ele parece estar em queda.

"Nosso temor é que embora ele esteja em declínio na Europa, ele está crescendo em outras partes do mundo. Mesmo a Europa não pode estar em segurança pois o vírus pode ser reintroduzido no continente", disse.

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