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Como identificar se seu filho é superdotado; entenda os sinais e acompanhamentos necessários

Aprendizagem mais veloz pode ser o primeiro sinal, mas a superdotação demanda análises mais complexas de profissionais da área. Veja lista de orientações

12 ago 2022 - 04h00
(atualizado às 08h54)
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Como identificar se seu filho é superdotado; entenda os sinais e acompanhamentos necessários
Como identificar se seu filho é superdotado; entenda os sinais e acompanhamentos necessários
Foto: Robo Wunderkind/Unsplash

Crianças superdotadas possuem capacidade de aprender muito acima do comum para sua idade. Elas aprendem sozinhas, de maneira mais rápida e com menos explicações. E não apresentam apenas habilidade acadêmica, mas também nas atividades que envolvem criatividade, nas artes e nos esportes. Mas como saber se o seu filho é uma criança com altas habilidades?

Especialistas apontam que o primeiro passo é observar se ele aprende as coisas sozinho e se o desenvolvimento está acima da média das outras crianças. Existem diversos outros sinais (ver abaixo). Depois dessa verificação, é importante conversar com os professores e também com os pediatras para colher a opinião de profissionais. A partir dessa troca de informações, o passo seguinte é procurar um neuropsicólogo, responsável pela avaliação para superdotação.

Especialistas recomendam que os superdotados sejam diagnosticados ainda na primeira infância. O teste SonR (não verbal) pode ser aplicado aos 2 anos e 6 meses. O Wisc, mais completo, é indicado acima de 6 anos.

"Quando mais precoce o diagnóstico, mais cedo essas crianças serão atendidas e terão menos sofrimento", diz Damião Silva, neuropsicólogo e especialista em altas habilidades e superdotação.

A Associação Mensa Brasil, entidade que representa a Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, passou a receber diagnósticos de crianças com 2 anos e 6 meses a partir do mês de maio.

É importante diagnosticar um superdotado para evitar problemas de inadequação na escola. Em geral, essas crianças precisam de estímulos constantes, pois têm grande necessidade de aprender. Depois de fazer um exercício a lição em 5 minutos - quanto todos precisam de meia hora -, ele precisa de novas tarefas para avançar. Se isso não acontece, eles podem se sentir frustrados, ansiosos ou apresentar dificuldade de socialização.

De acordo com o Censo Escolar de 2020, há cerca de 24.424 estudantes com perfil de altas habilidades ou superdotação no País. Os dados são subnotificados, pois esses casos são aqueles que fizeram a avaliação neuropsicológica para superdotação.

No Brasil, não existe um mapeamento oficial. A identificação depende da parceria entre a escola e os pais. E os especialistas alertam: a superdotação é uma condição neuroatípica genética, ou seja, um funcionamento diferente do cérebro. Superdotação não é doença. O aluno é direcionado para a Educação Especial para desenvolver suas potencialidades com direitos previstos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Veja abaixo alguns comportamentos típicos das crianças superdotadas:

Preste atenção

  • Olhe se seu filho aprende de um mais jeito fácil e rápido em relação às outras crianças;
  • Preste atenção se ele está sempre bem-informado, inclusive em áreas não comuns;
  • Não avalie só o desempenho acadêmico, mas as artes (dança, desenho, teatro ou música) e coordenação psicomotora (esportes);
  • Superdotados aprendem sozinhos e resistem à repetição e atividades rotineiras;
  • Fique atento se ele expressa ideias e reações de forma argumentativa, explicando o que pensa, com vasto vocabulário;
  • Importante: crianças com QI acima da média se envolvem com as coisas do seu interesse de maneira natural e mostram alto poder de concentração nessas atividades;
  • Superdotados são crianças mais céticas e inquisitivas - sempre perguntam "por quê"?
  • Não se esqueça: crianças superdotadas são crianças, ou seja, elas precisam brincar!
  • Converse com a escola e com o pediatra de sua confiança;
  • Fique atento à idade: os primeiros testes podem ser feitos com 2 anos e 6 meses.
Estadão
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