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Coronavírus

Cidade de SP registra falta de oxigênio pela 1ª vez

Pacientes da covid-19 precisaram ser transferidos de UPA na zona leste da capital paulista

20 mar 2021 - 11h33
(atualizado às 11h42)
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Dez pacientes que estavam internados na UPA de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, com sintomas de covid-19, precisaram ser transferidos na noite desta sexta-feira, 19, por falta de oxigênio. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, um atraso no abastecimento do insumo pela empresa White Martins (produtora do insumo) ocasionou o problema. A companhia afirmou que não houve atrasos, mas que irá detalhar a situação ao longo do dia. Esse foi o primeiro registro de falta de oxigênio na cidade de São Paulo.

Unidade de UTI do Hospital São Paulo para pacientes de Covid-19
17/03/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
Unidade de UTI do Hospital São Paulo para pacientes de Covid-19 17/03/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

"Nossa equipe, por precaução e segurança, decidiu fazer a transferência. Felizmente, deu tempo. E não houve maiores problemas. Depois de uma hora em que os pacientes já haviam sido transferidos, o oxigênio chegou", disse Aparecido.

Segundo ele, antes da pandemia, as unidades de saúde recebiam cilindros de oxigênio uma vez por semana, mas, durante os últimos dias, essa entrega vem sendo feita três vezes ao dia. "Estamos conversando com as empresas responsáveis (White Martins e outras) para resolver as questões de logística, como a possibilidade de concentrar os pacientes em algumas unidades", disse.

Além disso, Aparecido pediu ajuda para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na aquisição de cilindros e estuda baixar um decreto que possa garantir a prioridade de abastecimento de oxigênio para os hospitais públicos.

O Hospital Municipal Doutor Ignácio de Proença Gouveia também chegou a ficar perto do limite do oxigênio disponível. Mas, neste caso, o abastecimento foi feito no tempo adequado para os pacientes não precisarem ser transferidos.

"Nestas duas últimas semanas, a evolução das internações aumentou muito. Os pacientes mais jovens demandam muito mais oxigênio. Ainda não trabalhamos com a possibilidade de falta de oxigênio na cidade, mas estamos em uma operação de guerra para dar conta de tudo", afirmou Aparecido.

Estadão
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