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Coronavírus

Com óbitos em todas as regiões, Brasil vai a 77 mortes

Ministério da Saúde atualiza números oficiais para esta quinta-feira (26)

26 mar 2020 - 17h09
(atualizado às 17h32)
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O número de mortes decorrentes do novo coronavírus no Brasil subiu para 77 nesta quinta-feira (26) ante 57 óbitos decorrentes da doença registrados ontem. De acordo com o Ministério da Saúde, houve um crescimento de 2.433 para 2.915 pessoas testadas com o vírus de um dia para o outro. O índice de letalidade está em 2,6%.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Confira os dados completos:

Os números mostram o avanço da Covid-19 no Brasil desde que o primeiro caso da coença foi confirmado aqui, há um mês. O primeiro resultado positivo para o novo coronavírus no país saiu no dia 25 de fevereiro, quando um homem de 61 anos com histórico de viagem para a Itália testou positivo para a doença.

Desde então, Estados já decretaram emergência em saúde e calamidade pública, e em reunião virtual com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) na quarta-feira, governadores reiteraram os procedimentos de isolamento adotados para conter a pandemia do novo coronavírus. A manutenção das medidas é recomendada por epidemiologistas e infectologistas.

Em entrevista coletiva ontem, o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que "temos que melhorar esse negócio de quarentena, não ficou bom. Foi precipitado, foi desarrumado". Seus aliados no DEM interpretaram a fala como um recuo estratégico após pronunciamento de Jair Bolsonaro em rede nacional na terça-feira, 24, quando o presidente voltou a falar em "histeria" em torno da pandemia do novo coronavírus e criticou o fechamento de escolas, entre outras medidas adotadas por governos e municípios.

Sob pressão, Mandetta, que muitos achavam que até poderia deixar o cargo por causa da pressão de Bolsonaro, suavizou o tom e negou a intenção de deixar a equipe. Ele procurou dizer, durante a entrevista de ontem, que sua preocupação é com a saúde e a vida das pessoas, e que as quarentenas impostas pelos Estados têm prejudicado, inclusive, o trabalho médico.

A voz dissonante foi do vice-presidente Hamilton Mourão, que continuou defendendo o isolamento social. "A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só: isolamento e distanciamento social. Isso está sendo discutido e ontem (terça-feira, 24) o presidente buscou colocar. Pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor", afirmou.

Estadão
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