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Coronavírus

Bolsas da Ásia fecham em alta generalizada pelo 2º dia seguido, mas Europa cai

Permaneceu no radar o forte aumento do número de infecções por coronavírus nos EUA, que ocorre em meio à reversão de medidas de isolamento

3 jul 2020 - 07h11
(atualizado às 18h08)
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As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta generalizada pelo segundo pregão seguido nesta sexta-feira, 3, à medida que indicadores positivos da China e dos Estados Unidos reforçaram esperanças de que a economia global se recupere do choque do coronavírus em ritmo mais rápido do que se previa inicialmente. No entanto, ainda de olho no aumento de casos da doença no país americano, os índices da Europa, encerraram o dia em queda.

Pesquisa da IHS Markit em parceria com a Caixin Media mostrou que os índices de gerentes de compras (PMIs) composto e de serviços da China alcançaram em junho os maiores níveis em uma década, chegando a 55,7 e 58,4, respectivamente, em mais uma indicação de que a segunda maior economia do mundo está superando o violento impacto da covid-19. Foi na cidade chinesa de Wuhan que a pandemia teve início.

Dados positivos também alcançaram o noticiário europeu. Por lá, o o PMI composto também surpreendeu, com alta de 31,9 em maio para 48,5 em junho, enquanto o consenso do mercado apontavam para ganho a 47,5. Na Alemanha, o PMI avançou de 32,3 em maio para 47 em junho e no Reino Unido, de 29 em maio para 47,1 em junho

Permanece no radar, contudo, o forte aumento do número de infecções por coronavírus nos EUA, que ocorre em meio à reversão de medidas de isolamento. Foram mais de 50 mil novos casos apenas na quarta-feira, um novo recorde. Nesta sexta, os mercados americanos não vão operar por causa do feriado do Dia da Independência.

Bolsas da Ásia

Nos mercados chineses, o Xangai Composto subiu 2,01%, a 3.152,81 pontos, atingindo o maior patamar em quase 15 meses, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,28%, a 2.041,89 pontos. Na quinta-feira, 2, o mercado de trabalho dos EUA já havia surpreendido positivamente com a criação de 4,8 milhões vagas em junho e queda da taxa de desemprego, de 13,3% para 11,1%.

Em outras partes da Ásia, o índice acionário japonês Nikkei se valorizou 0,72% em Tóquio, a 22.306,48 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 0,99% em Hong Kong, a 25.373,12 pontos, o sul-coreano Kospi subiu 0,80% em Seul, a 2.152,41 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,88% em Taiwan, a 11.909,16 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana teve um pregão volátil, mas acabou fechando com alta de 0,42% do S&P/ASX 200, a 6.057,90 pontos.

Bolsas da Europa

Apesar dos indicadores positivos, os investidores da Europa acompanham com grande atenação o avanço do coronavírus nos EUA e também as trocas políticas no gabinete do presidente francês Emmanuel Macron, que substituiu hoje o seu primeiro-ministro após este renunciar ao cargo.

Em resposta, o índice Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,78%. As Bolsas de Londres e Frankfurt caíram 1,33% e 0,64% cada, e a de Paris recuou 0,84%. Milão e Madri cederam ambas 1,27%. Já Lisboa caiu 0,54%.

Petróleo

O medo de que uma segunda onda do coronavírus em importantes consumidores de petróleo, como no caso dos Estados Unidos, afetou os preços da commodity, que também foi impactada pelo feriado americano.

O petróleo Brent para setembro, referência no mercado europeu, fechou em baixa de 0,79%, a US$ 42,80 o barril. Já no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para agosto, referência no mercado americano, operava em queda de 0,81%, a US$ 40,32 o barril, às 15h30./COLABOROU MAIARA SANTIAGO

Estadão
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