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Coronavírus

Bolsas da Ásia e Nova York sobem de olho em balanços corporativos; Ásia cai

Apesar do resultado positivo, cautela ante o avanço da covid voltou a preocupar os investidores, com países estudando adotar medidas mais rígidas

21 abr 2021 - 17h52
(atualizado às 18h11)
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As Bolsas de Nova York e Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 21, com os investidores monitorando a nova temporada de balanços, que tem apontado para a recuperação de empresas que foram duramente afetadas pela pandemia. Na Ásia, no entanto, o clima de aversão aos riscos do dia anterior, motivado pelo avanço da covid, voltou a pressionar os índices.

No continente europeu, os papéis da Heineken se destacaram, após a empresa divulgar balanço informando fortes vendas na Ásia e na África, compensando as quedas registradas na Europa devido aos lockdowns. Carrefour também se valorizou, com a rede de supermercados superando a expectativas de vendas de analistas no primeiro trimestre. A empresa ainda informou que vai fará um programa de recompra de ações de até 500 milhões de euro neste ano.

No entanto, o noticiário da pandemia continuou no radar. De acordo com a imprensa local da Índia, o país registrou nas últimas 24 horas o recorde de 2.023 mortes pela doença. Na Europa, o parlamento alemão aprovou hoje uma nova legislação com o objetivo de controlar a disseminação da covid pelo país. No Japão, investidores temem a adoção de medidas mais duras, como o risco do governo decretar estado de emergência pelo vírus em Tóquio e Osaka.

Nos Estados Unidos, apesar da alta recente no número de novos casos de infecção por coronavírus, a vacinação tem avançado. O presidente americano, Joe Biden, anunciou hoje que o país aplicou 200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 nos 100 primeiros dias de seu governo. Biden lembrou que a meta inicial, de aplicar 100 milhões de doses do imunizante contra o coronavírus, foi alcançada 58 dias após sua posse como presidente, o que permitiu dobrar a aposta. "Conseguimos", comemorou.

Bolsas de Nova York

Com a redução da cautela nos Estados Unidos, as ações de turismo conseguiram reparar as perdas do dia anterior. O papel da American Airlines subiu 3,14%, depois de ter recuado 5,48% ontem, e o da Delta Airlines avançou 2,81%, após uma queda de 3,68% na sessão anterior. Hoje, Dow Jones avançou 0,93%, o S&P 500 também subiu 0,93% e o Nasdaq registrou alta de 1,19%.

No mercado de títulos do Tesouro americano, o rendimento dos papéis com vencimento para dez e trinta anos fechou em queda.

Bolsas da Europa

No continente europeu, o clima também foi de ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas do velho continente, subiu 0,65%, enquanto a Bolsa de Londres avançou 0,52%, a de Paris teve alta de 0,74% e Frankfurt registrou ganho de 0,44%. Milão, Madri e Lisboa tiveram altas de 0,30%, 0,71% e 0,11% cada.

Bolsas da Ásia

A Bolsa de Tóquio caiu 2,03%, enquanto Seul teve queda de 1,52%, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas e Hong Kong teve baixa de 1,76%. Em Taiwan, o índice recuou 0,70%. Na China, o índice de Xangai fechou estável, mas o de Shenzhen subiu 0,20%.

Na Oceania, a bolsa australiana registrou baixa de 0,29%. O índice chegou a cair 1,6% durante o pregão, mas reduziu perdas apoiado por uma leitura das vendas no varejo em março na Austrália que agradou o mercado.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sessão, com os investidores avaliando possíveis descompassos entre oferta e demanda, diante do avanço do coronavírus pelo mundo. A aprovação, ontem, pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei que pode implicar os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na legislação antitruste americana também segue no radar do mercado.

O WTI para junho fechou em baixa de 2,11%, a US$ 62,35 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 1,88%, a US$ 65,32 o barril. No entanto, em Londres, as petroleiras foram na contramão, com os papéis da BP em alta de 1,35%, acompanhados de Royal Dutch Shell, com ganho de 1,19%./ MAIARA SANTIAGO, FRANCINE DE LORENZO, IANDER PORCELLA E GABRIEL BUENO DA COSTA

Estadão
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