PUBLICIDADE

Coronavírus

1,3 milhão de 12 a 29 anos não voltou para a 2ª dose em SP

Coordenadora do Programa Estadual de Imunização, destaca a importância de sensibilizar os faltosos

26 jan 2022 - 05h10
(atualizado às 07h29)
Compartilhar
Exibir comentários
Estudante recebe vacina contra Covid-19 no Instituto Butantã, em São Paulo
16/08/2021
REUTERS/Carla Carniel
Estudante recebe vacina contra Covid-19 no Instituto Butantã, em São Paulo 16/08/2021 REUTERS/Carla Carniel
Foto: Reuters

A parcela de adolescentes e adultos jovens que não voltaram aos postos para receber a segunda dose é a principal preocupação da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES-SP), afirma Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI). Em entrevista ao Estadão, Regiane destaca a importância de sensibilizar os faltosos e explicou o intervalo de 28 dias entre as doses pediátricas de Coronavac.

Qual é a dificuldade observada neste momento?

O que nos preocupa é a população que não completou o esquema vacinal. É muito importante alertar essas pessoas. A principal preocupação são os adolescentes e os adultos jovens (de 12 a 29 anos). Cerca de 1,3 milhão de pessoas não voltaram para tomar a segunda dose e completar esquema vacinal. Isso precisa acontecer. É preciso sensibilizar esse público. É só chegar no posto que a vacina vai para o braço.

A capital passou a recomendar oficialmente 28 dias entre as duas doses da vacina Coronavac? E o Estado?

O documento técnico sobre a vacinação que começou na quinta já havia saído. Fizemos uma retificação para recomendar o intervalo de 28 dias entre as duas doses e enviamos a todos os municípios e ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP) na noite de segunda. Seguimos a nota que o Instituto Butantan divulgou no mesmo dia e a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os municípios são obrigados a seguir a orientação?

O Programa Estadual de Imunização trabalha com aquilo que o produtor e a bula dizem. O Butantan informa que o intervalo deve ser de 28 dias. Vamos seguir essa recomendação. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), cada gestor pode assumir aquilo que é de sua competência. A orientação do Estado é seguir o que determina a bula do fabricante da vacina e a Anvisa.

Por que alguns postos adotaram intervalo menor?

Eles não chegaram a vacinar. Apenas informaram que a segunda dose seria em um intervalo menor. A informação foi chegando, a bula foi chegando, a aprovação da Anvisa, o documento técnico e ninguém se atentou para isso por causa do que já estava nos outros documentos técnicos. Agora o documento técnico deixa claro que a vacina na população de 6 a 11 anos deve ser aplicada com um intervalo de 28 dias. Foi só uma confusão. Nada que tenha gerado problemas. Nenhuma criança teve problema.

As famílias podem ficar tranquilas?

Sim. Os profissionais de saúde foram orientados a seguir o intervalo de 28 dias entre as doses. As famílias podem ficar tranquilas porque a vacina está disponível.

No caso da vacina da Pfizer, o intervalo continua a ser de 56 dias?

Correto. Nesse caso, não é nem uma questão de bula da Anvisa. É uma questão do Ministério da Saúde. As crianças imunossuprimidas, pacientes em hemodiálise, em quimioterapia e que tenham outras questões relacionadas a isso devem tomar a da Pfizer.

Qual é o balanço da vacinação nos últimos dias?

Neste momento, 419.231 doses foram aplicadas na população infantil, o que corresponde a 10,46% da população entre 5 e 11 anos no Estado.

A procura dos pais pela vacina para os filhos está dentro do esperado?

Sim, estamos muito felizes com a aceitação e a procura dos pais pela vacina

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade