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Coreias do Sul e do Norte começam a retirar alto-falantes na fronteira, cumprindo promessa de cúpula

1 mai 2018 - 19h35
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A Coreia do Sul e a Coreia do Norte começaram a retirar nesta terça-feira alto-falantes que tocavam propagandas ao longo da fronteira intensamente fortificada, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, cumprindo uma promessa feita na histórica cúpula da semana passada.

O ato é a primeira medida prática em rumo à reconciliação após o encontro de sexta-feira entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un.

Moon, entretanto, pediu para a Organização das Nações Unidas ajudar a verificar o fechamento planejado pela Coreia do Norte de sua instalação de testes nucleares de Punggye-ri, em conversa por telefone nesta terça-feira com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, segundo comunicado da Casa Azul presidencial.

    Guterres disse que pedidos precisam de aprovação do Conselho de Segurança da ONU, mas que deseja cooperar para construir paz na península coreana e que irá designar uma autoridade da ONU encarregada de controle de armas para cooperar com a Coreia do Sul, segundo comunicado.

Diversos dias antes da cúpula da sexta-feira, a Coreia do Norte surpreendeu o mundo ao declarar que iria desmantelar a instalação nuclear para "garantir transparentemente" seu histórico compromisso em paralisar todos os testes nucleares e de mísseis.

A instalação de Punggye-ri, onde a Coreia do Norte realizou todos seus seis testes nucleares, consiste em um sistema de túneis cavados abaixo do Monte Mantap, no nordeste do país.

Alguns especialistas e pesquisadores especularam que a mais recente - e de longe a maior- explosão em setembro havia tornado a instalação inteira inutilizável. Mas Kim disse que há dois túneis adicionais e mais amplos que permanecem "em condição muito boa".

ALTO-FALANTES DA FRONTEIRA SÃO REMOVIDOS

Ao longo da fronteira, a Coreia do Sul começou a retirar seus alto-falantes na tarde desta terça-feira, disse uma autoridade da Defesa. Atividades em diversos pontos ao longo da fronteira indicavam que norte-coreanos estavam fazendo o mesmo, disse.

Por décadas, com somente alguns intervalos, os dois lados tocavam propagandas de grandes alto-falantes como uma forma de guerra psicológica. A Coreia do Sul transmitia uma mistura de notícias, músicas pop coreanas e críticas ao regime norte-coreano, enquanto a Coreia do Norte criticava o governo sul-coreano e elogiava seu próprio sistema socialista.

Como um sinal de boa vontade, a Coreia do Sul havia interrompido sua propaganda antes da cúpula, e a Coreia do Norte seguiu a ação.

As medidas graduais acontecem em meio à especulação sobre onde Kim irá se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que a cúpula planejada entre eles pode acontecer em três ou quatro semanas.

Trump tuitou na segunda-feira que se encontrar com Kim na Casa da Paz na Zona Desmilitarizada, onde Moon se encontrou com Kim, seria um local excelente.

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