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Coreia do Norte deporta americano detido em outubro

16 nov 2018 - 20h18
(atualizado em 17/11/2018 às 13h06)
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Americano foi preso ao entrar ilegalmente no país asiático pela fronteira com a China. Ele teria confessado que viajou para a Coreia do Norte por ordem da CIA.A Coreia do Norte deportou nesta sexta-feira (16/11) um cidadão americano que foi detido em outubro após entrar ilegalmente no país asiático. A deportação foi confirmada pelos Estados Unidos.

Bandeira da Coreia do Norte é exibida durante um desfile militar em Pyongyang
Bandeira da Coreia do Norte é exibida durante um desfile militar em Pyongyang
Foto: DW / Deutsche Welle

O americano, identificado como Bruce Byron Lowrance, foi capturado em 16 de outubro enquanto tentava entrar ilegalmente no país asiático através da fronteira com a China. De acordo com a emissora estatal de notícias norte-coreana KCNA, Lowrance teria confessado que entrou na Coreia do Norte por ordem da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).

"Os EUA apreciam a cooperação da Coreia do Norte e da embaixada da Suécia para facilitar a libertação de um cidadão americano", disse em comunicado o secretário de Estado, Mike Pompeo. O chefe da diplomacia americana agradeceu o apoio da Suécia, que representa os interesses dos Estados Unidos no país asiático.

"A liberdade e o bem-estar dos americanos continuam sendo as maiores prioridades do governo Trump", destacou Pompeo.

Em novembro de 2017, as autoridades sul-coreanas deportaram um homem com o mesmo nome, residente do estado americano de Michigan, que foi detido enquanto passava por uma área restrita perto da chamada Zona Desmilitarizada (DMZ) da fronteira entre as Coreias, mas não há confirmação que se trate da mesma pessoa. Ele havia passado duas noites numa floresta na região.

Aquele Lowrance declarou às autoridades que tinha chegado até lá porque queria ajudar a resolver o conflito entre Coreia do Norte e EUA, em um momento marcado pelos contínuos testes de armas norte-coreanas, segundo o jornal americano Los Angeles Times.

A atual decisão faz parte dos esforços norte-coreanos no ensaio de reaproximação com os Estados Unidos. Em maio, o país deportou três americanos que estavam detidos há mais de um ano, num gesto de boa vontade às vésperas do encontro de Kim Jong-un com o presidente americano, Donald Trump. Eles foram soltos depois que o estudante Otto Warmbier, de 22 anos, morreu poucos dias após retornar aos EUA em coma.

Com a recente deportação, não há mais registros de americanos detidos na Coreia do Norte. Washington proibiu no ano passado que seus cidadãos viajem para o país asiático sem uma autorização especial. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusam regularmente o regime de Pyongyang de deter estrangeiros para obter vantagens e concessões diplomáticas.

O atual anúncio da deportação sugere que apesar das negociações entre Washington e Pyongyang para a desnuclearização estarem num impasse, a Coreia do Norte ainda quer manter o clima de diálogo com os Estados Unidos. Trump se reuniu com Kim em 12 de junho, mas as conversas para colocar em prática os compromissos firmados na ocasião não avançaram muito desde então.

A suspensão do programa nuclear e de misseis balísticos de Pyongyang tem sido fundamental para a retomada dos laços diplomáticos entre os países. A atitude é constantemente elogiada por Trump.

Apesar do impasse nos últimos meses, o vice-presidente americano, Mike Pence, disse que Trump e Kim voltarão a se encontrar no próximo ano, sem mencionar data ou local onde essa reunião ocorrerá.

CN/efe/lusa/ap

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