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Conselho de ética do Cidadania pede expulsão de deputado que assediou colega em plenário

Fernando Cury apalpou a deputada Isa Penna (PSOL-SP) em sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em dezembro

10 jan 2021 - 17h37
(atualizado às 20h50)
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O Conselho de Ética do Cidadania emitiu relatório neste domingo, 10, recomendando a expulsão do deputado estadual Fernando Cury (SP), que apalpou a colega Isa Penna (PSOL-SP) em sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em dezembro. A decisão final sobre expulsá-lo ou não agora cabe ao diretório nacional do partido.

Segundo nota emitida hoje pelo Cidadania, o comportamento de Cury é "descabido" e "rasteiro", nas palavras da relatora do procedimento no Conselho de Ética da legenda, Mariete de Paiva Souza. "Na direção totalmente oposta dos fatos ocorridos está o Cidadania, que tem em seu programa o compromisso assumido com as bandeiras feministas contra a violência e a exclusão. Por isso, nada menos que sermos exemplares", defendeu Mariete.

Trecho do vídeo exibido em plenário nesta quinta-feira
Trecho do vídeo exibido em plenário nesta quinta-feira
Foto: Alesp / Reprodução / Estadão

Procurado pelo Broadcast Político, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, disse que ainda não tinha conhecimento da decisão do Conselho de Ética. "Você me surpreendeu. Vou tomar conhecimento e encaminhar para o diretório nacional. E aí discutir quando convocar a reunião para a deliberação", afirmou à reportagem. Freire não quis antecipar seu voto, mas garantiu que "não haverá delongas" para o Cidadania bater o martelo sobre o caso.

Fernando Cury foi flagrado apalpando Isa Penna em plenário, que registrou um boletim de ocorrência contra o deputado estadual por assédio sexual. Ele, que encostou as mãos na lateral do corpo da colega, chamou o ato de "abraço" e se recusou a fazer sua sustentação oral no Conselho de Ética do Cidadania em audiência da última quinta-feira, 7.

Procurado, o parlamentar enviou ao Estadão uma nota na qual diz estar sendo "submetido a um julgamento ilegal, sumário e de exceção, que viola o Código de Ética do próprio partido e a Constituição Federal".

"Dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo, onde respeita-se o direito de defesa e o devido processo legal, irei demonstrar que não violei o decoro parlamentar, bem como jamais assediei nem tive, em nenhum momento, a intenção de constranger a nobre deputada Isa Penna, a quem respeito e sempre respeitei", diz o texto.

Estadão
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