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Seca afeta desenvolvimento da soja nos EUA

Comitiva de produtoras brasileiras foram ver de perto as condições dos citros atacados pelo Greening

9 ago 2022 - 12h42
(atualizado às 20h06)
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Um grupo de mulheres do Agro formado por produtoras rurais, engenheiras agrônomas, executivas, jornalista e analistas de mercado, finalizaram a visita técnica ao centro de pesquisa da Universidade da Flórida. Durante a imersão aos EUA, o grupo também visitou a Bolsa de Chicago, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, além de fábricas e órgãos de pesquisa. Foram 5 estados norte-americanos visitados que são destaque na produção de alimentos: Iowa, Illinois, Indiana, Missouri em grãos e Flórida na citricultura.

A produtora rural Edina Franciosi que integra a comitiva de mulheres nos EUA, registrou na divisa dos estados de Illinois com Iowa, perto da cidade de Burlington, as condições da soja afetada pela estiagem e alta temperatura na região. "Nesta região, observamos uma pequena parte da cultura que não fechou, está bem seca em fase de canivete. Em outras áreas agrícolas, a soja está bem bonita", relata a produtora. 

Foto: Climatempo

Foto: Edina Franciosi

Foto: Climatempo

Foto: Edina Franciosi

Durante a visita ao centro de pesquisa da Universidade da Flórida e a algumas áreas produtoras de citros, as produtoras puderam conhecer o centro de pesquisa e ouviram sobre um inseto chamado psilídeo Diaphorina citri que é o inseto vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp., que causa o greening (huanglongbing/HLB), a pior doença da citricultura na atualidade.

O inseto mede de 2 a 3 milímetros e vive em plantas da família Rutaceae, principalmente em murtas e em todas as variedades de citros. A citricultura desta região da Flórida (EUA) está passando por um momento crítico. Cerca de 90% da produção tem sido afetada.

"Anos atrás a produção era de 200 milhões de caixas e agora caiu para 40 milhões de caixas. A Universidade da Flórida está preocupada e tem investido em várias pesquisas para encontrar variedades resistentes ao Greening", revela Lilian Munhoz, jornalista que integra a comitiva de Mulheres do Agro do Brasil. 

"Um campo experimental fechado está sendo utilizado para aprimorar as pesquisas no controle desta doença", relata a produtora rural Edina Franciosi. 

Foto: Climatempo

Foto: Edina Franciosi - campo experimental de testes para controle do greening - Centro de Pesquisa da Flórida - EUA

Ao percorrer a estrada, a produtora rural Edina Franciosi que participa da Missão Mulheres do Agro, nos Estados Unidos, também registrou alguns pomares de produtores locais e constatou que algumas árvores de citros estão mortas e outras verdes tentando resistir ao ataque do greening.

Foto: Edina Franciosi

Foto: Climatempo

"Conversei com alguns produtores americanos que relataram queda de produtividade na ordem de 75%. Antes 4 caixas de laranja eram colhidas de uma única árvore, e hoje, apenas 1 caixa de laranja", diz Franciosi. 

O valor da terra caiu na região da Flórida, devido ao ataque da doença do greening. De acordo com relatos dos produtores americanos migrar para outra cultura é um risco já que o clima da região é muito quente e a terra arenosa.

"Está sendo estudado pelos produtores rurais da Flórida a migração para a cultura do mamão, mas essa decisão ainda não é definitiva", comenta a produtora Edina Franciosi.

A exemplo do que sempre acontece nas outras edições, em todos os lugares visitados, as Mulheres do Agro do Brasil levaram na bagagem produtos da agricultura brasileira, como mel e cafés especiais, produzidos por agricultores familiares de várias regiões do país para apresentar aos produtores americanos. O Missão Mulheres do Agro, programa de imersão agro, idealizado no início dos anos 2000 por Andrea Cordeiro (consultora especializada em Agro), já possibilitou que centenas de mulheres interagissem em conjunto em estados brasileiros e países da América e da Europa em missões técnicas.

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