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Protestos pelo mundo pedem ações contra mudanças climáticas

Manifestações iniciadas pelo movimento Greve pelo Futuro ocorrem em mais de 150 países, inclusive no Brasil

20 set 2019 - 10h38
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Manifestações pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas ocorrem em todo o mundo nesta sexta-feira (20/09), como parte da Greve Global pelo Clima, uma mobilização global iniciada pelo movimento Greve pelo Futuro (Fridays for Future).

Estudantes em cerca de 150 países sairão às ruas para pressionar os líderes políticos mundiais antes da Cúpula de Ações Climáticas da ONU, que ocorre na próxima semana em Nova York, seguida da Assembleia Geral da entidade.

As manifestações são inspiradas no movimento iniciado pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que sensibilizou jovens em todo o mundo desde que começou a fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco com um cartaz que propunha uma greve escolar pelo clima ("Skolstrejk för klimatet").

Em apenas 12 meses, a própria Greta se transformaria numa espécie de ícone adolescente do clima, e seu movimento acabaria motivando paralisaçõe sem mais de 3,5 mil cidades em 161 países. Até agora, o maior protesto da Greve pelo Futuro ocorreu em 15 de março e reuniu cerca de 1,6 milhão de estudantes em vários países. Espera-se que o movimento desta sexta-feira seja ainda maior.

Nesta sexta-feira, Greta vai liderar uma passeata em Nova York, cidade-sede das Nações Unidas. As autoridades locais permitiram que 1,1 milhão de crianças deixassem de comparecer às aulas nas escolas públicas para aderir à greve pelo clima. Nos Estados Unidos, mais de 800 atos estão programados em várias cidades.

Na última quarta-feira, Greta esteve presente em vários comitês do Congresso americano para dar seu testemunho sobre as perspectivas das novas gerações em relação ao clima e ao meio ambiente. Ela entregou aos congressistas um relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas da ONU que pede ações rápidas e sem precedentes nos hábitos humanos para evitar que as temperaturas globais aumentem em 1,5º C até 2030.

O ativismo ambiental e a liderança de Greta lhe rendeu uma indicação para Prêmio Nobel da Paz. Nesta semana, ela foi agraciada com o prêmio de direitos humanos Embaixador da Consciência, concedido pela ONG Anistia Internacional.

No início do dia, protestos de grande porte na Austrália contaram com a participação de milhares de pessoas. Os organizadores calculam que mais de 300 mil manifestantes participaram de atos em 110 cidades.

Na Alemanha, mais de 530 manifestações estão marcadas para ocorrer, segundo os líderes do Greve pelo Futuro. Os protestos são apoiados pelo Greenpeace, sindicatos, ONGs de direitos humanos e pela Igreja Luterana.

Em Berlim, um protesto de ciclistas tomou as ruas da cidade. De acordo com os organizadores, 10 mil pessoas devem participar de um ato em frente ao portão de Brandemburgo. Vários eventos paralelos ocorrerão na capital alemã, inclusive uma rave pelo clima, que deve reuniu mais de 6 mil pessoas e partirá da Praça Postdamer em direção a Alexanderplatz. Ativistas do grupo intitulado Extinction Rebellion (rebelião contra a extinção) bloquearam ainda várias ruas.

Em Frankfurt, manifestantes bloqueavam o tráfego de algumas ruas na região central antes do horário de pico da manhã. Milhares de pessoas devem se dirigir ao centro da cidade para participar dos protestos. Os atos ocorrem enquanto o governo alemão prepara um pacote com medidas em favor do clima, que incluem a maior utilização de fontes de energia renováveis.

No Brasil, protestos estão programados em 38 cidades de todas as regiões do país, incluindo grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.

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