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O ano em que os EUA mais gastaram com desastres naturais

Em 2017, fenômenos como incêndios florestais e furacões geraram despesas recordes de US$ 306 bilhões.

10 jan 2018 - 16h22
(atualizado às 16h58)
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Em 2017, fenômenos como incêndios florestais e furacões geraram despesas recordes de US$ 306 bilhões para os cofres públicos americanos. Um total de 16 desastres custou US$ 1 bilhão ou mais, deixando mais de 360 mortos.

O ano de 2017 foi o mais caro na história do EUA em relação aos custos gerados por desastres naturais. Fenômenos como incêndios florestais, inundações e furacões custaram 306 bilhões de dólares aos cofres públicos, de acordo com um relatório emitido pelo governo americano. O ano superou o recorde anterior, de 2005, com prejuízos de 215 bilhões de dólares devido aos furacões Katrina, Wilma e Rita.

Em 2017, um total de 16 desastres naturais custou um bilhão de dólares ou mais e causou ao menos 362 mortes, segundo o relatório da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA). O número de mortos pode ser maior, uma vez que Porto Rico ainda não concluiu a revisão das mortes provocadas pelo furacão Maria, de acordo com especialistas.

Contabilizando apenas os danos causados por furacões, 2017 também foi financeiramente o pior da história americana, com um custo final de 265 bilhões de dólares - quase a metade, 125 bilhões de dólares, foram gastos somente com o furacão Harvey, que atingiu o Texas. Harvey foi o segundo mais caro desastre natural já registrado nos EUA, atrás apenas do Katrina, de 2005.

O furacão Maria, que assolou grande parte de Porto Rico, custou 90 bilhões de dólares aos cofres públicos, enquanto o furacão Irma, que atingiu a Flórida e algumas ilhas caribenhas, custou 50 bilhões de dólares.

"O furacão Maria ocupa agora a terceira colocação no ranking dos mais caros desastres climáticos já registrados, enquanto o furacão Irma é o quinto mais dispendioso", segundo o relatório.

Já a temporada de incêndios florestais no oeste americano, que assolou grandes partes da Califórnia, custou 18 bilhões de dólares, "triplicando o recorde anual anterior de gastos com incêndios florestais nos EUA", apontou o relatório.

Os custos incluem perdas asseguradas e sem seguro, mas provavelmente estão abaixo dos custos reais, porque os dados não incluem despesas com cuidados médicos.

A NOAA reportou que o número de desastres naturais que superaram a marca de um bilhão de dólares em custos - 16, no total - igualou o recorde estabelecido no ano de 2011. Os 16 casos incluem duas inundações, um congelamento, oito tempestades severas, três ciclones tropicais, uma seca e um incêndio.

Num contexto histórico, os desastres naturais de alto custo estão se tornando mais comuns. A média anual de tempestades com custos acima de um bilhão de dólares de 1980 até 2017 é de 5,8 por ano, segundo a NOAA. Nos últimos cinco anos, a média atingiu a marca de 11,6.

Foto: Climatempo
 Vista aérea das inundações causadas pelo furacão Harvey em Houston.

Temperaturas mais altas

O ano de 2017 foi também o terceiro ano mais quente já registrado nos EUA, depois de 2012 e 2016, segundo estatísticas da NOAA. A temperatura média foi de 12,2 graus Celsius - 1,4 grau acima da média do século 20.

"Os cinco anos mais quentes registrados nos EUA foram a partir de 2006", apontou o relatório.

Todos os estados localizados na área continental dos EUA e o Alasca registraram temperaturas acima da média pelo terceiro ano consecutivo. Cinco estados - Arizona, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Novo México - tiveram o ano mais quentes de suas histórias.

PV/ap/rtr/afp

Climatempo
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