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NOAA confirma novo episódio de El Niño

Fenômeno influencia o clima global de forma fraca. Confira a expectativa para o restante do verão brasileiro.

16 fev 2019 - 02h50
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O serviço de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um relatório no dia 14 de fevereiro, que finalmente confirma a existência de um novo episódio do fenômeno El Niño.

"As condições do El Niño em todo o Pacífico Equatorial se reuniram, e agora podemos confirmar sua chegada", afirma Mike Halpert, vice-diretor do Centro de Previsão Climática da NOAA. "Mesmo com as temperaturas da superfície do mar acima da média, as atuais observações e modelos climáticos indicam que esse El Niño vai ser fraco. Por isso, não estamos esperando impactos globais significativos entre o fim deste inverno (verão no Hemisfério Sul)  até a primavera (outono no Hemisfério Sul)", explica Halpert.

Foto: Climatempo

Os meteorologistas da NOAA afirmam que há cerca de 55% de chance do fenômeno continuar durante a primavera no Hemisfério Norte.

Além disso, cientistas afirmam que alguns volumes de chuva acima da média que já foram observados durante este inverno em áreas do oeste dos Estados Unidos estão relacionados à variabilidade subsazonal atribuída a outro fenômeno climático, a Oscilação de Madden e Julian (OMJ), e não ao El Niño. A OMJ pode causar chuvas intensas em toda a Costa Oeste norte-americana.

O que é o El Niño?

O El Niño é um fenômeno climático que ocorre quando a temperatura da água da porção central-leste do oceano Pacífico Equatorial, na altura da costa do Peru, fica mais alta do que o normal durante um período mínimo de tempo determinado. Este aumento da temperatura no Pacífico Equatorial altera a circulação do vento e a pressão atmosférica em diversos níveis da atmosfera causando mudanças no padrão de temperatura e de chuva em diversas regiões do Globo.

Os padrões típicos do El Niño durante o inverno e início da primavera, nos Estados Unidos, são de chuva abaixo da média e temperaturas acima da média no norte do país, e precipitação acima do normal e condições mais frias no sul. Embora os impactos variem em cada evento de El Niño, a NOAA fornece regularmente previsões de chuva e temperatura para as próximas estações.

Confira os principais efeitos do El Niño no planeta Terra em diferentes épocas do ano

Foto: Climatempo

Impactos do El Niño no verão do Hemisfério Sul

Foto: Climatempo

Impactos do El Nino no inverno do Hemisfério Sul

Impactos no Brasil

Assim como previsto pelos meteorologistas da Climatempo, a NOAA também afirma que este episódio de El Niño será de fraca intensidade e curta duração, enfraquecendo durante o outono

No Brasil, os impactos do Oceano Pacífico Equatorial mais aquecido, juntamente com outras áreas da costa da América do Sul,  já foram sentidos desde o final do mês de dezembro, quando ocorreu a alta das temperaturas e maior irregularidade da chuva, inclusive com períodos de tempo seco e muito quente em várias regiões do país.  

Efeitos do El Niño no restante do verão

Os impactos do El Niño no restante do verão brasileiro serão mais leves. A irregularidade de chuva ainda deve ser observada na maior parte do país, porém sem períodos de tempo seco tão prolongados e temperaturas excessivamente altas muitos dias, como ocorreu em janeiro.

Outro efeito típico da atuação do El Niño, como aumento de chuvas na Região Sul do país, desta vez não deve ser marcante como em El Niños anteriores. A chuva até pode voltar a ganhar força na Região em alguns períodos, porém não se esperam volumes constantemente acima da média.

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