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Mapa revela impactos da pandemia nos negócios socioambientais

Conduzido pela Pipe.Labo, o estudo está em sua terceira edição e analisa também perfil dos empreendedores

29 abr 2021 - 18h58
(atualizado em 30/4/2021 às 14h52)
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Foto: iStock

No Brasil, a diversidade é um tema-chave para analisar o perfil sociodemográfico dos empreendedores à frente dos negócios socioambientais. Hoje, as mulheres estão presentes como fundadoras em 67% das empresas do setor (sendo que 23% das empresas mapeadas têm apenas mulheres à sua frente), um índice que revela a conquista da equidade de gênero (os homens aparecem como fundadores, em 71% dos negócios, sendo que 27% das empresas mapeadas têm apenas homens na sua fundação).

Foto: Climatempo

Mapa do setor de negócios socioambientais: perfil de fundadores e time

Entretanto, na análise de investimentos recebidos, as empresas administradas por um time essencialmente feminino tendem a receber menos recursos financeiros e apoios adicionais para evoluir na jornada empreendedora, quando comparadas às lideradas por homens. Na prática, elas são menos selecionadas para os processos de aceleração. Como consequência, elas são poucas entre os negócios em fase de escala: 25% das mulheres versus 35% de homens. 

Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental

Os dados integram o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, conduzido pela Pipe.Labo com apoio da ENIMPACTO, Aliança pelos Negócios de Impacto, Climate and Land Use Alliance, do Fundo Vale, Instituto Clima e Sociedade e Instituto Sabin. 

A terceira edição do Mapa foi realizada dentro de um cenário de extrema incerteza para a economia mundial e sob o impacto da pandemia. A realização do levantamento - que garante a continuidade da leitura sobre a estruturação de negócios de impacto brasileiro - produz o primeiro estudo em nível nacional a revelar os impactos da crise neste setor. 

O Mapa 2021 espelha avanços importantes do ecossistema rumo a uma estruturação mais madura e robusta de negócios. Apesar de uma parte importante da base mapeada de 1.300 negócios ainda não ser sustentável financeiramente, o levantamento revela que há mais soluções que deixaram a fase de ideação rumo ao modelo financeiramente sustentável.

Entre os entrevistados, 40% não tiveram faturamento em 2019; 29% faturaram até R$ 100 mil; 8%, de R$ 101 mil a R$ 500 mil; 3%, de R$ 501 mil a R$ 1 milhão; 3%, de R$ 1,1 milhão a R$ 2 milhões; 3%, mais de R$ 2,1 milhões; e 14% não declararam.  

 

Foto: Climatempo

Mapa 2021: modelo de comercialização de negócios

 

Setor está mais maduro

Coordenado por Lívia Hollerbach e Mariana Fonseca, da Pipe.Labo -  entidade de pesquisa do setor de impacto -, o estudo revela que o empreendedor do setor está mais maduro na compreensão de diversos termos e conceitos do universo de impacto, como mais consciente dos recursos financeiros e apoios de que necessita em diferentes estágios de desenvolvimento. Mesmo com essa boa notícia, ainda é preciso entender a fundo as demandas não atendidas e os pedidos de ajuda dos empreendedores a cada etapa da jornada; do outro lado, analisar a disponibilidade de capital e os apoios não financeiros no ecossistema, para equilibrar essa relação e fomentar um pipeline de negócios mais saudável.

A edição ainda traz uma versão especial do Mapa de Impacto Ambiental, com dados sobre negócios de impacto que visam a endereçar desafios dentro dos setores agropecuária; florestas e uso do solo; indústria; logística e mobilidade; energia e biocombustíveis; água e saneamento; e gestão de resíduos. Os dados do Mapa Ambiental ganham um link especial: mapaambiental2021.pipelabo.com.

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