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Fórmula 1 sustentável quer zerar emissões de carbono até 2030

Qual a pegada de carbono da Fórmula 1? Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 terá máquina de tratamento de resíduos orgânicos feito no autódromo.

11 nov 2021 - 21h31
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Foto: FIA mostra carro para 2022 (Fotos Públicas)

Qual a pegada de carbono da Fórmula 1? Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 terá máquina de tratamento de resíduos orgânicos feito no autódromo.

Como a aviação, a Fórmula 1 é responsável por muitas inovações tecnológicas que temos nos carros comuns e vem sofrendo pressões para eliminar as emissões de carbono e se tornar um evento sustentável. Race to net zero é a nova corrida da FIA, Federação Internacional de Automobilismo. 

Sempre milionária, a Fórmula 1 já está fazendo a sua parte para se tornar mais amigável para o planeta. Afinal, os velozes carros, e o enorme contingente de pessoas e coisas envolvidas em uma temporada de Fórmula 1, consomem milhares de litros de combustíveis fósseis, aumentando um pouco mais a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. A F1 também entra na conta do aquecimento global.  

Antes, durante e depois de cada temporada, batalhões de pessoas fazem viagens internacionais, os carros consomem semanas de combustível em testes. Técnicos, pilotos, equipes de apoio para dentro e fora das pistas, usam carros, aviões e outros meios de transporte para se deslocarem. 

Pegada de carbono 

Qual é a pegada de carbono* da F1? Para uma temporada inteira, considerando os gastos desde o período de testes, as 21 corridas e as 10 equipes, a Fórmula 1 emite cerca 256 mil toneladas de CO2. Os carros são responsáveis por 0,7% das emissões. A maior parte das emissões, cerca de 45%, vem da logística de transporte internacional de equipamentos e equipes pelo mar, ar e em terra.

A FIA traçou um ambicioso plano de descarbonização da Fórmula 1, de modo que as emissões devem ser zeradas até 2030. As explanações gerais do plano podem ser vistas aqui.

O desafio é enorme e o mundo da Fórmula 1 terá de passar por grandes transformações para vencê-lo e continuar existindo como esporte, em um planeta que sinaliza cada vez mais os problemas causados pelo superaquecimento da atmosfera, e em uma sociedade que começa a compreender que precisa mudar a forma de viver, se quiser continuar tendo ar para respirar e chuva para lhe dar comida.

A ideia da F1 é continuar veloz, milionária, mas sustentável.

Parceiros sustentáveis

O plano de sustentabilidade da Fórmula 1 envolve também os parceiros que compõem a infraestrutura de serviços para realização das corridas e que precisam atuar de forma sustentável.

Durante a etapa São Paulo da temporada 2021 será feita uma ação sustentável: parte dos resíduos orgânicos gerados nos restaurantes será tratada no próprio autódromo.

Segundo a Sauber Sustentabilidade, empresa escolhida para fazer o tratamento de resíduos orgânicos no autódromo, no fim do processo é gerado um fertilizante orgânico ideal para ser aplicado como adubo

"Entre os vários benefícios do processo está a não geração de gases prejudiciais ao meio ambiente, caso esse material seguisse para algum aterro sanitário", pontua  Antonio Barbosa, diretor da Sauber Sustentabilidade.

Foto: Climatempo

Máquina de tratamento de resíduos orgânicos que será usada no Grande Prémio São Paulo de Fórmula 1, temporada de 2021

O equipamento criado pela Sauber Sustentabilidade, que vai fazer o tratamento dos resíduos orgânicos em Interlagos,  usa tecnologia própria, patenteada, sustentável e totalmente inovadora.  A máquina ficará em funcionamento no autódromo durante dez dias, incluindo o período de treino e prova dos pilotos, processando uma média de 2 toneladas de resíduos por dia.

O Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 ocorre no próximo domingo, 14 de novembro, no autódromo de Interlagos. Confira a previsão do tempo para o evento.

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