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Climatempo

Dessalinizador solar garante água potável no semiárido

Tecnologia é de baixo custo e tornou-se aliado de famílias que enfrentam estiagens

21 abr 2019 - 12h30
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Um dessalinizador solar de baixo custo de implantação e manutenção, com capacidade para produzir água potável sem uso de eletricidade e livre de produtos químicos, tornou-se um aliado de famílias do semiárido da Paraíba, que enfrentam longas estiagens e sofrem com escassez de água de boa qualidade. 

O modelo já atendeu a cerca de 300 famílias e está disponível em um banco de tecnologias online disponibilizado pela Fundação Banco do Brasil. As tecnologias podem ser replicadas gratuitamente, por qualquer pessoas e em qualquer parte do país. 

A tecnologia do dessalinizador, divulgada pela Fundação, foi desenvolvida em uma parceria da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 

O dessalinizador consiste em uma caixa construída com placas pré-moldadas de concreto e cobertura de vidro que deixa passar a radiação solar. Dessa forma, a construção possibilita o aumento da temperatura dentro da caixa e a evaporação da água armazenada em uma lona encerada comum, do tipo usada em caminhões.

Foto: Climatempo

"Os poços que a gente perfura, quase em sua totalidade, têm água salobra, água salgada, o que não serve para o consumo humano. Então, desenvolvemos junto com a UEPB essa tecnologia para exatamente fazer com que essa água salgada se tornasse uma água ideal para o consumo humano," contou Jonas Marques de Araujo Neto, presidente da cooperativa. 

Outro benefício da implementação dessa tecnologia é que as pessoas conseguem manter seu modo de vida no semiárido, desenvolver as atividades e sustentar as famílias sem precisar migrar para conseguir oferta de água potável, nem recorrer a subempregos nos centros urbanos. 

Hoje existem 28 dessalinizadores implementados nos assentamentos dos municípios de Seridó-PB, Cubati-PB e Pedra Lavrada-PB, na microrregião do Seridó Oriental paraibano: uma das regiões mais secas do Estado. 

Tecnologias sociais 

Responsável por um Banco de Tecnologias Sociais, a Fundação possui uma base de dados com mais de 900 soluções e já beneficiou cerca de 130 mil pessoas no país inteiro, em 444 municípios, por meio de um total de 389 projetos. Os projetos tiveram investimento total de R$ 156,3 milhões.

Todas as tecnologias sociais fazem referência aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU) e podem ser acessadas no endereço http://tecnologiasocial.fbb.org.br

Fonte: Agência Brasil

Foto: Climatempo
Foto: Franciarly Silvério Viana - Bernardino Batista -PB
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