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Climatempo

Cuidados com a insolação

Incidentes são maiores entre crianças de 3 e 12 anos, dizem especialistas

16 jan 2020 - 16h44
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A insolação ocorre pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, determinando  falha no mecanismo de transpiração e, consequentemente,  o corpo não o consegue se resfriar.

A insolação merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para manutenção do equilíbrio do organismo. É importante lembrar que a insolação está bastante associada ao clima quente e seco, mas também pode ocorrer em ambientes úmidos.

A insolação pode ser fatal. O atendimento médico deve ser imediato, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, para evitar o óbito e outras complicações, como danos no cérebro, coração, rins e músculos.

Causas

Segundo a dermatologista Leontina da Conceição Margarido, delegada da Associação Paulista de Medicina (APM) e membro da Academia de Medicina de São Paulo, "a insolação pode ocorrer em qualquer tipo de pele, mas é pior nas pessoas com pele e olhos claros. Os ruivos são os mais susceptíveis às queimaduras e suas consequências".

O problema é causado basicamente pela exposição prolongada ao sol e ao calor. Normalmente, acontece em ambientes muito quentes ou quando ocorre aumento rápido da temperatura corporal, como, por exemplo:

 - Passar muito tempo exposto ao sol sem protetor solar (na praia, no clube, na piscina etc...);

 - Praticar atividades extenuantes, ou seja, que causem esgotamento, enfraquecimento físico;

 - Usar excesso de roupas, especialmente no calor;

 - Ficar sem se hidratar por muito tempo;

A prática regular de atividades físicas é uma orientação padrão dos médicos, especialmente por melhorar a qualidade de vida e prevenir uma série de doenças crônicas, como diabetes, câncer e hipertensão. No entanto, atividades exaustivas, que causam debilitação na pessoa, provocam o efeito inverso, contribuindo para insolação e, em casos mais graves, lesões de diversos tipos e até mesmo a morte.

O ambiente externo é mais propício ao aparecimento do problema, portanto, é fundamental ter cautela. Há que se lembrar que barraca ou guarda sol, por exemplo, não nos protegem dos raios solares, pois incidem no solo e  são refletidos, atingindo as pessoas que estão na sombra (da física: luz refletida, tem a mesma intensidade da luz direta). "A proximidade com a água, areia e neve também aumentam a incidência de luz e intensificam a exposição à radiação", alerta Leontina.

O que fazer?

A Insolação causa sintomas que vão aparecendo aos poucos. Os primeiros sinais são: dores de cabeça, tontura, náusea, pele quente e seca, pulso rápido, temperatura elevada, distúrbios visuais, confusão mental.

Dependendo do tempo de exposição ao sol, os sintomas podem ser mais graves e podem incluir, entre outros sinais e sintomas, como por exemplo: respiração rápida e difícil, palidez (às vezes desmaio), convulsão, temperatura do corpo muito elevada, extremidades arroxeadas, fraqueza muscular, coma, morte. 

A insolação provoca o aumento de, pelo menos, 25% das chances de desenvolver câncer de pele. Além disso, favorece o aparecimento de sardas, melasma, queimaduras e envelhecimento precoce. 

"É preciso estar atento às lesões cutâneas que mudam de tamanho, de cor, começam a coçar, doer, arder. Feridas que demoram para cicatrizar ou não cicatrizam, são sinais de degeneração e não podem ser ignoradas", completa.

É essencial buscar ajuda médica imediata, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas de insolação.

Fatores de risco

Alguns fatores, hábitos, posturas, comportamentos e situações podem aumentar os riscos de insolação, como por exemplo não beber líquidos adequadamente. Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão e pessoas com imunidade baixa, como transplantados e portadores de HIV/Aids, devem ter cuidado especial com a insolação, uma vez que, por serem mais susceptíveis, evoluem com efeitos colaterais mais graves.

Desaconselha- se, sempre, Ingerir muito álcool ou cafeína durante as exposições ao sol. Também devem evitar exposições solares, as pessoas que têm gastroenterite e aquelas que fazem uso de medicamentos para pressão alta, diuréticos, antidepressivos ou antipsicóticos.

Foto: Climatempo
Foto de Dalva Molon, Porto Alegre (RS)
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