Ciclone provoca ventania e forte ressaca
Com a presença do ciclone ao largo da costa Sul e Sudeste, a previsão é de mar agitado e risco de ressaca até o fim da semana. Confira!
Fonte: IStock
A área de baixa pressão atmosférica que se formou no domingo (18) se desenvolveu como um ciclone que hoje atua no oceano, ao largo do litoral do Sul e do Sudeste do Brasil cerca de 500 e 600 km da costa fluminense e por vilta de 650km de distância do litoral de Santa Catarina.
A imagem de satélite abaixo indica este sistema já atuando no oceano com centro estimado em 1008hPa.
A análise de temperatura da água do mar e da atmosfera e a simulação de vários modelos atmosféricos sugerem que esta área de baixa pressão atmosférica se transformará em um ciclone subtropical ainda nesta segunda-feira.
para conferir os diferentes tipos de ciclones e suas características!
Entre esta segunda (19) e a quarta-feira (21) o ciclone ainda atua ao largo do Sudeste com deslocamento leste/nordeste como indicado abaixo.
A presença desta área de baixa pressão atmosférica influencia de forma mais significativa o litoral do Rio de Janeiro provocando vento forte entre a noite desta segunda-feira e a quarta-feira (21).
No litoral fluminense o vento predominante é do quadrante sudoeste. A previsão é de vento mais intenso no decorrer da terça-feira (20) com rajadas entre 60 e 80km/h podendo ser ainda mais intensas, por volta de 80km/h, na região de Cabo Frio e o Cabo de São Tomé.
Abaixo temos a previsão para a tarde de terça-feira, indicando posicionamento e valor do centro de baixa pressão, além de uma estimativa da velocidade do vento.
Previsão de vento moderado a forte na faixa costeira entre o litoral de Santa Catarina e de São Paulo. A direção predominante é de sul no litoral de Santa Catarina e do Paraná tendendo a sudoeste no litoral de São Paulo. As rajadas neste trecho ficam entre 40 e 60km/h.
Mar agitado/Ressaca
Para a formação de trens de ondas significativos precisamos de vento forte soprando em uma extensa área oceânica. É o que vai acontecer nos próximos dias.
Temos previsão de vento muito forte soprando sobre o oceano em uma extensa área de mar aberto. Outro fator que contribui para a elevação do mar é a persistência. Quanto maior o período de atuação dos sistemas meteorológicos, mais energia é transferida para o mar e mais significativas são as ondas.
Nesta terça-feira (20), o mar já fica agitado em toda a faixa costeira entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. O mapa abaixo indica a previsão de altura das ondas para a noite. Nas praias do Sul e de São Paulo, a ondulação do mar é de sudeste e a altura das ondas fica entre 2 e 2,5 metros. Na nas praias do Rio de Janeiro, as ondas vem de sul e a altura das ondas à noite chega a 3 metros.
Na noite de quarta-feira (21), o mar fica ainda mais agitado, com ressaca em todo o litoral entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. A altura das ondas fica entre 3 e 3,5m nas praias fluminenses e entre 2 e 3 metros nas demais áreas costeiras. Em mar aberto a altura das ondas fica por volta de 5 metros. A ondulação do mar pode ser verificada no mapa abaixo.
Com a presença do ciclone atuando ao largo da costa Sul e Sudeste pelo menos até a sexta-feira (23), a previsão é de que a ressaca persista até o fim da semana. Apesar do mar ainda agitado, a tendência já é de diminuição da altura das ondas ainda na sexta-feira.
O pico da ressaca deve acontecer na quinta-feira (22), como indicado abaixo, o mar fica muito agitado nas praias do Sul, de São Paulo e do Rio de Janeiro. A ressaca é forte e deve trazer problemas para as áreas costeiras de todo esse litoral.
A ondulação predominante é de sudeste. A altura prevista das ondas chega a 4 metros nas praias fluminenses e a 3,5 metros nas praias de Santa Catarina. O litoral de São Paulo, do Paraná e do Rio Grande do Sul tem ondas chegando a 3 metros.
A agitação marítima aumenta também no litoral do Espírito Santo, com ondas entre 1,5 e 2 metros de altura. A ondulação do mar é de sul.
Por causa das condições de vento e de mar previstas acima a navegação no trecho do litoral do Rio Grande do Sul ao litoral do Rio de Janeiro é altamente desaconselhável pelo menos até o fim da semana.
