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Brasil é 2° lugar no ranking de queimadas da América do Sul

Menos de 2 mil focos separam o território nacional da liderança nessa triste classificação

6 mai 2021 - 06h27
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Queimadas na Amazônia. Ibama/fotos públicas

O Brasil deve assumir a liderança no triste ranking de queimadas da América do Sul neste ano de 2021, já nos próximos meses. Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o território brasileiro acumulou do início do ano até agora mais de 10 mil focos de fogo. Esse número pode aumentar rapidamente com a persistência de massas de ar seco em regiões críticas como o Centro-Oeste.

Foto: Climatempo

A atual líder do continente sul-americano em queimadas é a Venezuela com 12.037 focos registrados entre os meses de janeiro e maio, ela possui um território em torno de 916 mil km2. Já o Brasil tem uma área quase 10 vezes maior, e acabou de entrar em seu período seco, quando as queimadas passam a se alastrar de forma rápida e intensa.

Por mais que o Brasil tenha cerca de 4 mil focos registrados a menos, do que no mesmo período do ano passado, a situação ainda é muito preocupante. Afinal com as queimadas desenfreadas que foram observadas ao longo do ano de 2020, inclusive com o Pantanal batendo recordes de registros, a área vegetada também diminuiu, ou seja, o reflexo de redução dos focos pode ser por conta da redução da vegetação.

Uma estação chuvosa, mas nem tanto

A estação chuvosa de 2020/21 foi bem irregular para o centro-sul do país. É possível ver o reflexo disso nos relatórios do Monitor de Secas elaborado pela Agência Nacional de Águas (Ana) onde o interior de São Paulo chegou a entrar na classificação de seca excepcional. É possível ver também áreas de Mato Grosso do Sul e do sul de Goiás em condições de seca extrema.

Foto: Climatempo

Essa irregularidade de chuva e as temperaturas altas fazem com que a vegetação fique mais seca, o que favorece o surgimento e propagação das queimadas.

A previsão climática da Climatempo informa que os próximos meses devem ser bem secos nas áreas que já são conhecidas pela alta propagação de fogo. O mês de maio ainda possui o agravante de ter temperaturas acima do normal, o que facilita ainda mais o surgimento dos incêndios.

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