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Vencedor do Nobel trocou engenharia civil pela física; veja trajetória

O belga François Englert foi anunciado nesta quarta-feira como vencedor do Nobel de Física, ao lado de Peter Higgs

8 out 2013 - 14h11
(atualizado às 16h10)
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<p>O físico britânico Peter Higgs e o belga François Englert (dir.) ganharam o prêmio Nobel de Física de 2013 por preverem a existência do bóson de Higgs</p>
O físico britânico Peter Higgs e o belga François Englert (dir.) ganharam o prêmio Nobel de Física de 2013 por preverem a existência do bóson de Higgs
Foto: Denis Balibouse / Reuters

"O Nobel? Já pensei, mas nunca foi uma motivação ou uma fonte de ansiedade. Meu prazer, encontrei na pesquisa", afirmou em 2012 o belga François Englert, vencedor do Nobel de Física, ao lado de Peter Higgs, como um dos pais do "Bóson de Higgs".

Nascido em Bruxelas em 6 de novembro de 1932, François Englert se formou em engenharia civil e depois seguiu o caminho da física. "Percebi que o que interessava era compreender as leis que regem os fenômenos, e menos como utilizá-las tecnicamente", contou ano passado à revista da Universidade Livre de Bruxelas (ULB), onde desenvolveu a maior parte da carreira e na qual ainda tem um escritório repleto de documentos.

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Depois de obter o doutorado em física, Englert se mudou em 1959 para a Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde conheceu o professor americano Robert Brout, seu futuro "cúmplice" em um dos maiores avanços da Física do século 20.

Brout decidiu acompanhar Englert no retorno à ULB no início dos anos 1960. Na universidade, os dois se inspiraram nas teorias do japonês Yoichiro Nambu (Nobel de Física de 2008) para compreender os fenômenos que interferem na escala do átomo.

"Em 1964 estávamos seguros da coerência lógica de nossa teoira e publicamos nosso artigo na Physical Review Letters, contou. O texto foi publicado duas semanas antes que o de Peter Higgs.

Quando os estudos da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern, com sede em Genebra) confirmaram em 2012 os trabalhos, Englert afirmou que estava muito feliz.

"Mas não provocaram uma excitação comparável a que senti em 1964, quando ao lado de Brout compreendemos que nossa teoria não tinha falhas do ponto de vista lógico", disse o cientista, antes de lamentar que Peter Brout, falecido em 2011, não tenha acompanhado os acontecimentos.

Em julho, Englert recebeu do rei Albert II da Bégica o título de barão. O físico já recebeu vários prêmios internacionais, como o Francqui em 1982, o High Energy and Particle Prize da European Physical Society em 1997, o Prêmio Wolf de Física em 2004, o J.J. Sakurai Prize da Sociedade Americana de Física em 2010 e o prêmio Príncipe das Astúrias em 2013.

O nome de Englert também é associado ao modelo de inflação cósmica, uma fase de expansão acelerada que o universo teria registrado em seu início, que lhe permite ser homogêneo e isótropico na distância.

Com um sorriso fácil, François Englert sempre utilizou o prazer como base de suas pesquisas. "A física é um pouco como uma droga. Continuo interessado em alguns problemas", disse o fã de música, que considera a criação científica "uma forma de estetismo".

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