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Maconha na adolescência é ligada a risco maior de depressão

A maconha é a droga de uso recreativo mais comum entre adolescentes no mundo todo

13 fev 2019 - 18h27
(atualizado às 18h43)
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Adolescentes que usam maconha correm um risco maior de desenvolver depressão e pensamentos suicidas quando forem jovens adultos, e deveriam ser conscientizados por pais e médicos destes riscos, disseram cientistas nesta quarta-feira.

Cerca de 7 por cento dos casos de depressão na adolescência poderiam ser evitados se o consumo de maconha fosse eliminado, segundo uma análise de dados sobre doenças mentais entre jovens dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Canadá que usaram a erva quando eram adolescentes.

   REUTERS/Andres Stapff
REUTERS/Andres Stapff
Foto: Reuters

"Embora o tamanho dos efeitos negativos da maconha possa variar... e não seja possível prever o risco exato para cada adolescente, o uso generalizado de maconha entre as novas gerações a torna uma questão de saúde pública importante", explicou Andrea Cipriani, professora de psiquiatria da Universidade de Oxford britânica e coautora do estudo.

A maconha é a droga de uso recreativo mais comum entre adolescentes de todo o mundo. No Canadá, mais de 20 por cento dos que têm entre 15 e 19 anos disseram tê-la usado no último ano. Na Inglaterra, cerca de 4 por cento dos que têm entre 11 e 15 anos dizem ter usado maconha no último mês.

Os pesquisadores disseram que os resultados levam a crer que, se o uso de maconha fosse eliminado, haveria cerca de 400 mil casos a menos de depressão entre pessoas de 18 a 34 anos nos EUA, 25 mil a menos no Canadá e cerca de 60 mil a menos no Reino Unido.

"É um grande problema de saúde pública e de saúde mental", disse Andrea aos repórteres em um boletim em Londres. "Os adolescentes deveriam ser conscientizados do risco."

O estudo, publicado na revista científica JAMA Psychiatry e coliderado por Andrea e pesquisadores da Universidade McGill do Canadá, consistiu em uma análise sistemática dos melhores indícios disponíveis.

Ela incluiu 23.317 pessoas de 11 estudos internacionais e analisou depressão, ansiedade e pensamentos suicidas em jovens adultos.

Especialistas independentes indagados sobre o estudo disseram que suas descobertas são robustas e importantes.

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