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Trump firma decretos que podem banir TikTok e WeChat dos EUA

Na prática, ordens forçam venda dos aplicativos chineses no país

7 ago 2020 - 09h09
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou duas ordens executivas na noite desta quinta-feira (06) que podem banir os aplicativos chineses TikTok e WeChat de funcionar no país em 45 dias.

    O texto dos dois documentos atingem a ByteDance, dona do app TikTok, e a Tencent, do WeChat, e afirma que está proibida "qualquer transação por qualquer pessoa, ou com relação a qualquer propriedade, sujeita à jurisdição dos Estados Unidos" com as duas empresas chinesas.

    Na prática, os dois apps só poderão funcionar nos EUA após esse período se forem comprados por empresas norte-americanas. A alegação de Trump, e dos senadores que aprovaram uma medida semelhante contra o TikTok também nesta quinta-feira, é de que os aplicativos ferem a segurança nacional por terem capturado "automaticamente" informações de seus usuários e repassaram os dados para o governo chinês.

    No entanto, esse é mais um episódio da "guerra" política e diplomática com o governo da China - que inclui os mais diversos temas, entre eles, a violação de direitos humanos da minoria uigur em Xinjiang, a implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong, as acusações contra a Huawei e sua rede de 5G e o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas. Do seu lado, Pequim retaliou as medidas anunciadas por Washington todas as vezes.

    Após o anúncio dos decretos, a ByteDance anunciou que pretende abrir uma ação judicial contra o governo Trump por considerar inadequado que ela seja obrigada a vender a sua parte das ações do TikTok.

    A mídia norte-americana afirma que a gigante Microsoft estaria interessada na compra do app de fotos e vídeos chinês e que quer fazer a operação não apenas nos Estados Unidos, mas também na Europa.

    Enquanto o TikTok vem registrando intensa expansão pelo mundo nos últimos meses - e, por conta disso, também foi banido na Índia - o WeChat é uma espécie de concorrente do WhatsApp fora da China criado em 2011.

    Ambos os apps, no entanto, possuem versões para os chineses - o WeChat, por exemplo, inclui funções das mais variadas para os moradores, como compras online ou em restaurantes, e versões internacionais - que são as acusadas pelo governo Trump. .

Ansa - Brasil   
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