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Trump anuncia retirada dos EUA do acordo climático de Paris

1 jun 2017 - 18h05
(atualizado às 18h07)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, em discurso na Casa Branca, a decisão de tirar o país do Acordo de Paris contra a mudança climática, adotado por quase 200 países em 2015.

"Estamos saindo. Mas vamos começar a negociar e veremos se podemos chegar a um acordo que seja justo", declarou Trump em seu aguardado anúncio sobre o tema na Casa Branca.

Com isso, Trump deixou as portas abertas para que o país se reintegre ao pacto climático no futuro ou negocie outro acordo "inteiramente" novo, "melhor" e "mais justo" para os Estados Unidos, segundo ele.

Com a decisão anunciada hoje, os EUA "cessarão todas as implementações" dos seus compromissos climáticos no marco de Paris, que incluem a meta proposta pelo ex-presidente Barack Obama de reduzir até 2025 as emissões de gases de efeito estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005.

"Não queremos que nada fique no nosso caminho", ressaltou Trump ao começo do seu discurso, ao destacar a recuperação econômica dos EUA e citar o Acordo de Paris como um obstáculo para a criação de empregos.

O artigo 28 do Acordo de Paris indica que qualquer país que o tenha ratificado, como é o caso dos EUA, somente poderá solicitar para deixá-lo três anos após sua entrada em vigor, ou seja, em 4 de novembro de 2019.

Assim que for feita formalmente a petição, é necessário um prazo de mais um ano para que a saída do acordo se torne efetiva, o que aconteceria em 4 de novembro de 2020, um dia após as próximas eleições presidenciais nos EUA.

As linhas de argumentação divulgadas pela Casa Branca sobre a decisão de Trump apontam que o Acordo de Paris é "ruim" para os americanos e que, com a sua ação de hoje, o presidente cumpre a promessa de campanha de "pôr em primeiro lugar os trabalhadores".

"Os Estados Unidos já estão liderando o mundo em produção de energia e não precisam de um acordo ruim que prejudique os trabalhadores americanos", disse a Casa Branca.

EFE   
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