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Ver pessoas doentes na cidade fez com que consultora questionasse estilo de vida

Custo de vida alto carioca foi também contribuiu para Cristiana se afastasse de grandes centros urbanos

20 set 2020 - 13h07
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Cristiana Tepedino se tornou agricultura no interior fluminense

Uma série de fatores me motivou a sair do Rio e vir para a zona rural de Miguel Pereira no interior do estado, há pouco mais de dois anos. Comecei e me ver rodeada de pessoas doentes e, com isso, a questionar o estilo de vida que a cidade impõe, assim como meus padrões de consumo, hábitos, relação com a natureza e os impactos de tudo isso.

Trabalhei por cinco anos como consultora da ONU-Habitat em um programa de desenvolvimento social e urbano de favelas pacificadas, em parceria com a prefeitura do Rio. Eu amava o que fazia e, por isso, iniciei uma pós-graduação em políticas públicas. Mas passei por várias decepções. Ao mesmo tempo, crescia o interesse em cuidar da propriedade rural dos meus pais. Foi então que, em 2018, decidi me mudar com meu companheiro.

Sem dúvida nenhuma, valeu a mudança. Os centros urbanos têm inúmeros benefícios, mas, da forma como se encontram, não trazem qualidade de vida para a maioria. O custo de vida no Rio é muito alto, o dinheiro serve para pagar as contas. Depois do consumo, você não se satisfaz e quer sempre algo novo. Não por acaso, o público dos nossos cursos vem da cidade grande, de ocupações urbanas. Gente que vive para esperar a chegada do fim de semana, para, enfim, ter um respiro, porque está exausto.

Estadão
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